O deputado estadual Samuel Almeida (PROS), foi o convidado do Jornal Bandeirantes desta segunda-feira (05), na rodada de entrevistas que a Rádio Bandeirantes Goiânia vem fazendo com os candidatos à Prefeitura de Goiânia. Samuel defendeu a criação de um vale temporário para mães que precisam de vagas imediatas em creches até que uma unidade do CMEI seja construída. Samuel também diz que o problema do transporte está no “modelo”, que não funciona.
“Não adianta licitar, chamar o empresário para discutir, não é o aumento da tarifa que vai resolver. Precisa resetar e discutir novamente um modelo que seja de fato para o transporte público”, diz o candidato. Entre as críticas e soluções aos transporte, Samuel citou a não existência de linhas diretas entre bairros, o que dificulta a transição.
“Para sair do Guanabara e ir ao Itatiaia, que são muito próximos, deve-se ir primeiro ao Terminal Praça da Bíblia. Você faz um percurso inverso de no mínimo 60%, então esse transporte que temos hoje é falido. Não adianta colocar mais do mesmo”, completa o deputado. Samuel Almeida foi eleito deputado estadual três vezes, e é ex-secretário de governo da gestão de Iris Rezende (MDB). Como deputado chegou a ser presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Necessidade de Vagas em creches
Samuel revela que junto a um grupo de especialistas, vem estudando Goiânia a alguns anos, inclusive quando foi secretário na gestão Iris Rezende. De acordo com ele, isso possibilitou analisar situações de necessidade imediata, como a falta de vagas em creches para mães que precisam trabalhar. “São oito mil mães que dependem do auxílio de creche para trabalhar. É uma situação séria, urgente e esse foi com certeza nosso principal objeto de estudo com esse grupo de especialistas capacitados para discutir essas áreas”, disse Samuel.
“Para se ter uma ideia, em 2019 gastou-se com educação R$ 1,031 bilhão, sendo que deste valor, R$ 790 milhões foram com recursos do Tesouro Municipal, isso corresponde a 25,51% das receitas de impostos. O limite constitucional é de 25%”, diz o candidato, que acredita que o cenário poderia ter sido diferente se programas como o Vale Creche estivesse em vigor.
Vale Creche
De acordo com Samuel, se o Vale Creche estivesse em vigor em 2019, com menos de 1% seria possível atender as oito mil mães que estão na lista de espera à procura de uma vaga. Segundo ele, é mais viável desembolsar o valor de bolsas à alunos do que construir CMEIs. “A prefeitura não teria recurso suficiente para construção imediata de unidades que atendam oito mil vagas, o que seria um aporte financeiro de R$ 200 milhões. O Vale Creche teria o custo mensal de R$ 2,5 milhões, menos de 1% das receitas”, defende.
Entre as fontes de receita para cobrir os custos do programa, Samuel citou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ainda de acordo com ele, além da economia feita pelo governo, também é possível fomentar os negócios de bairro. “Com a crise da pandemia, tem uma perda de trabalho muito grande, ao estar atendendo essas mães, você também está abrindo oportunidade de trabalho por meio desses pequenos negócios”, projeta.
“Não seria uma questão permanente, na medida em que fossem sendo construídos os CMEIs, seriam reduzidos os vales creche”, explica Samuel Almeida, candidato pela primeira vez ao Paço Municipal de Goiânia.
Gestão de Iris em Goiânia
Samuel elogia o histórico de Iris Rezende como político e gestor de Goiânia. Segundo ele, não foi possível prever a crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus, o que fez de Goiânia, um canteiro de obras. “O Iris com certeza deixou sua marca na cidade, não há uma rua que não tenha a mão dele, mas Goiânia vive também problemas de cidade grande. Tem a saúde, transporte coletivo, trânsito e tantas situações de urgência que tem de ser tomadas pelo próximo gestor”, sublinha.
Confira a entrevista completa com Samuel Almeida (PROS), candidato à Prefeitura de Goiânia, com apresentação de Altair tavares.
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