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sexta-feira, 19, abril 2024
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Secretário de Cultura é exonerado após citação de ministro nazista

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O Secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, foi exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele deixa o cargo após reproduzir citação do ministro de propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels, em um pronunciamento na noite desta quinta-feira, 16.

A presidência da República disse que foi um “pronunciamento infeliz” e que “ainda que (Alvim) tenha se desculpado, (a fala) tornou insustentável a sua permanência”. Em nota, o Planalto afirmou que reitera seu “repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas.”

O discurso

O trecho declarado por Goebbels, confirmado pelo livro “Goebbels: a Biography”, de Peter Longeric, dizia que “a arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”.

Já no vídeo divulgado pelo secretário, ele afirmou: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”, discursou Alvim no vídeo postado nas redes sociais.

Outra referência ao regime nazista que foi percebido no vídeo é a trilha sonora do pronunciamento: a ópera “Lohengrin”, de Richard Wagner. O compositor alemão era requisitado por Adolf Hitler e teve influência na forma ideológica do líder nazista.

O vídeo feito por Alvim tinha como objetivo anunciar o Prêmio Nacional das Artes, projeto no valor total de mais de R$ 20 milhões.  

Após a reação negativa ao público, o secretário usou suas redes sociais para responder as críticas e disse que o que aconteceu foi uma “coincidência retórica”.

“O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota: com uma coincidência retórica em UMA frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o PRÊMIO NACIONAL DAS ARTES, que vai redefinir a Cultura brasileira… É típico dessa corja. Foi apenas uma frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica. Eu não citei ninguém. E o trecho fala de uma arte heróica e profundamente vinculada às aspirações do povo brasileiro”, escreveu Alvim no post.

Reações

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse, nas redes sociais, que o secretário da Cultura “passou de todos os limites” que o discurso feito por Alvim “é inaceitável”. “O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo”, disse Maia.

Já o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/GO), Felipe Santa Cruz afirmou que “nazismo é inaceitável” e cobrou a demissão imediata de Alvim.

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) informou que o Palácio do Planalto não vai comentar o vídeo com as declarações do secretário.

No Twitter, os nomes Alvim e Goebbels estão entre os dez assuntos mais comentados da rede social (Trending Topics) durante toda a manhã desta sexta-feira.

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