A greve dos professores da rede municipal de Aparecida de Goiânia teve início ontem (29), após a categoria decidir, em assembleia, não aceitar a proposta apresentada pela Prefeitura. A paralisação afeta diretamente o funcionamento das unidades escolares do município.
De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Educação, das 93 unidades escolares da cidade, 13 estão com atividades totalmente paralisadas, 43 funcionam parcialmente e 37 mantêm o atendimento normal.
Proposta da Prefeitura e rejeição pela categoria
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia anunciou que começará a pagar o piso salarial dos professores a partir da folha de maio. Além disso, garantiu o envio imediato de um projeto de lei à Câmara Municipal para regulamentar o pagamento. A gestão também propôs criar uma mesa de negociação permanente. O objetivo é discutir o pagamento do retroativo de janeiro a abril e debater outras pautas da categoria, sempre considerando os limites financeiros do município.
A secretária de Educação, Professora Núbia Farias, destacou que a atual administração enfrenta dificuldades financeiras herdadas da gestão anterior, mas reiterou o compromisso de pagar o piso salarial a partir de maio e manter o diálogo aberto com os profissionais. No entanto, a proposta não foi aceita pela categoria.
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Negociação com a Prefeitura
A deputada estadual Bia de Lima (PT), presidente do Sintego, comentou: “Estamos em negociação com a Prefeitura, mas a proposta que apresentamos, que permitiria à Prefeitura até outubro para pagar a diferença do piso, foi rejeitada. Continuamos buscando o diálogo com o prefeito Leandro Vilela para resolver a situação rapidamente.”
Dificuldades financeiras e outras pautas em negociação
O procurador-geral do município, Fábio Camargo, afirmou que manter o equilíbrio das contas públicas é fundamental. Segundo ele, essa medida garante a continuidade dos serviços essenciais e o pagamento em dia dos servidores.
Além da questão do piso salarial, outras reivindicações dos professores foram discutidas com o sindicato, como a realização de concurso público, atualmente suspenso por decisão judicial, e a concessão de titularidades, que também está sob análise do Judiciário. A Prefeitura aguarda as definições judiciais para avançar com essas questões.