Pesquisa financiada pela Fapeg e Capes une ciência, tecnologia e geração de renda para recuperar áreas degradadas com foco em biodiversidade e inclusão produtiva
Um projeto coordenado pelo Instituto Federal Goiano (IF Goiano) está à frente de uma rede nacional de pesquisa que aposta em espécies nativas para recuperar áreas degradadas do Cerrado e do Pantanal. Com R$ 6,25 milhões em financiamento da Fapeg e da Capes, a iniciativa busca desenvolver soluções sustentáveis por meio da seleção e aprimoramento de mudas mais resistentes, além da produção de biomoléculas com potencial econômico para as indústrias cosmética, alimentícia e farmacêutica.

Além do IF Goiano, participam 13 programas de pós-graduação em parceria com universidades de Goiás e do Mato Grosso. A proposta alia conservação ambiental e geração de renda com tecnologias como análise de sementes por raio-X e imagens multiespectrais, bioinsumos adaptados a ambientes extremos e um banco de germoplasma de plantas e microrganismos nativos. As espécies selecionadas devem reunir valor ecológico e comercial, com aplicações em óleos essenciais, alimentos e suplementos.
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O projeto também investe em sistemas integrados de produção agropecuária, promovendo o uso simultâneo de espécies florestais, agrícolas e forrageiras em uma mesma área. Essa estratégia amplia a diversidade produtiva, gera empregos e favorece o desenvolvimento regional. Comunidades locais e produtores rurais serão beneficiados com capacitações técnicas, valorização de saberes tradicionais e inclusão em cadeias produtivas sustentáveis.
Além de promover a restauração ambiental, o projeto fortalece programas de pós-graduação, estimula a interiorização da ciência e forma mão de obra especializada. A meta é transformar a recuperação de áreas degradadas em vetor de inovação, sustentabilidade e inclusão social. Dados do MapBiomas mostram que Goiás já reduziu em 71% a perda de vegetação nativa em 2024, indicando o impacto positivo de ações como essa.
