A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em primeira votação, um projeto de lei que prevê a oferta gratuita da vacina contra o herpes-zóster nos postos de saúde da capital. A proposta é da vereadora Kátia (PT) e tem como objetivo ampliar o acesso à imunização, principalmente entre idosos e pessoas com baixa imunidade.
O vice-presidente da Câmara, Anselmo Pereira (MDB), apoiou a medida e destacou sua vivência na área da saúde. “Na minha farmácia, atendo diariamente dezenas de pessoas que buscam antibióticos para amenizar os sintomas do herpes-zóster. Essa vacina é essencial”, afirmou.
A vereadora e médica Rose Cruvinel (União Brasil) também defendeu o projeto. Apesar de reconhecer que não é competência da Câmara criar leis que gerem gastos para o Executivo, ela ressaltou a importância da proposta. “Aprovamos na CCJ e agora no Plenário justamente pela provocação que ela representa à Prefeitura. É um debate necessário”, disse.
Kátia argumenta que, além de cuidar da saúde da população, a iniciativa pode representar economia para o município. “É um projeto responsável. Quando prevenimos, evitamos despesas com consultas, medicamentos e até internações. A vacina é eficaz, mas precisa ser aplicada antes da infecção. É uma proteção que precisa vir antes do problema”, reforçou.
Siga o nosso Instagram, se inscreva no YouTube e também nos acompanhe no TikTok.
Leia Mais: Governo de Goiás abre inscrições para 645 casas populares em 15 cidades
Entenda a doença
O vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora, causa o herpes-zóster. Após a infecção inicial, o vírus pode permanecer inativo por anos no organismo e se reativar mais tarde, provocando dores intensas e lesões na pele.
Pessoas com mais de 50 anos ou com o sistema imunológico enfraquecido são as mais afetadas. Casos também são comuns em indivíduos com doenças crônicas, em tratamento contra o câncer ou em momentos de estresse elevado.
Dados recentes mostram que a doença tem se tornado mais frequente. Após a pandemia da Covid-19, o número de casos subiu 35%. Entre 2019 e 2023, o Brasil registrou, em média, 70 mil novos casos por ano.
Próximos passos
Com a aprovação em primeira votação, o projeto segue agora para análise da Comissão de Saúde. Depois, será submetido à segunda votação no Plenário. Se aprovado novamente, será encaminhado para sanção ou veto do prefeito.