A Central Única das favelas (CUFA) em Goiás, lança nesta quinta-feira (24), o projeto “Mães da Favela ON”, que vai distribuir 20 mil chips e colocar Wi-Fi em vários pontos do estado. O projeto também será realizado em âmbito nacional, em 150 Favelas/Comunidades. Estima-se que cerca de 500 mil chips gratuitos para as mães da favela em todo o Brasil sejam entregues.
De acordo com Breno Cardoso, presidente da CUFA-GO, as mães serão encontradas por meio de matrículas na rede pública de ensino. A CUFA tem unidades espalhadas em 22 cidades goianas e representantes em mais de 260 comunidades. “Essas lideranças locais conseguem identificar essas pessoas e fazer um pré-cadastro para que elas possam participar desse programa”, explica Breno. Segundo ele, desta maneira será possível fazer o rastreamento em todo o Brasil.
Durante seis meses, as mães terão acesso ilimitado ao aplicativo de mensagem WhatsApp e conteúdos educativos, selecionados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). “A Unesco está fazendo a curadoria de conteúdos de negócios, empreendedorismo, pois muitas vezes a mãe perdeu o emprego e precisa sustentar os filhos”, comenta.
Além disso, o chip virá com uma quantidade limitada de dados móveis de internet para uso geral que também serão disponibilizados de maneira gratuita, assim como 24 horas de ligações ilimitadas para qualquer estado do Brasil.
Pontos de Wifi
Já a instalação dos pontos de Wi-Fi, que possibilita a conexão com a internet sem a necessidade de cabos ocorrerá posteriormente a distribuição dos chips. Entretanto, a quantidade de pontos será bem menos em relação aos chips. De acordo com Breno, a CUFA pretende mapear e escolher três comunidades para terem acesso a internet grátis.
“A gente vai propiciar em praças públicas, acesso a internet Wi-Fi gratuito dentro desse mesmo programa. Ainda estamos mapeando quais são esses lugares, de preferência comunidades que tenham maior população”, explica.
“O grande intuito desse programa é fazer com que pessoas que estão em isolamento digital nesse momento da pandemia, passem a ter o acesso de maneira mais democrática”, ressalta. “Vivemos hoje um grande distanciamento entre os alunos da escola particular e a da escola pública, porque as aulas passaram a ser pela internet, conteúdos que precisam ser estudados para o próprio Enem”, completa.
Confira a entrevista completa com Breno Cardoso, presidente da CUFA em Goiás
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