Ruan Pamponet Costa, de 42 anos, voltou a ser preso nesta quinta-feira (21), suspeito de dar um golpe em um restaurante de Palmas no Tocantins. O homem foi preso dois dias após ser solto por cometer o mesmo crime em um bar de Goiânia, onde a juíza determinou que ele ficasse longe de bares e similares para evitar novos calotes.
Segundo o bar tocantinense Dona Maria Beach, Ruan Pamonet consumiu mais de 5 mil reais em produtos e serviços. O estabelecimento esclarece, ainda, que o suposto cliente realizou diversos pedidos no local, no entanto, se recusou a fazer o pagamento. Os trabalhadores do bar, porém, identificaram o suspeito e fizeram a denúncia a polícia.
Em nota, o bar lamentou ter sido mais uma vítima da ação do estelionatário “e confia que a justiça será feita para impedir que os golpes, que ocorrem desde 2014, continuem ocorrendo.”
Histórico de crimes
As primeiras acusações contra Ruan Pamponet foram registradas oficialmente no Distrito Federal, em 14 de abril de 2014. Ele é processado por estelionato na 8ª Vara Criminal de Brasília. O procedimento no portal da transparência do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) não dá mais detalhes.
De acordo com as investigações, no Distrito Federal, ele cometeu o crime contra choperias, restaurantes, buffets, postos de combustíveis e até motéis. O homem já foi autuado diversas vezes na região em que nasceu e contra ele foram lavrados, pelo menos, seis termos circunstanciados de ocorrência (TCOs). Os processos judiciais foram registrados nas cidades de Brasília, Taguatinga, Sobradinho e Águas Claras, entre 2014 e 2019.
Em novembro de 2018, ele foi preso por estelionato na cidade de Caldas Novas, em Goiás. Contra ele há outro processo tramitando no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), mas está em segredo de justiça.
Em 2019, Ruan já estava atuando no Rio de Janeiro, quando foi preso em setembro. Ele consumiu R$ 5,2 mil de um quiosque de alimentação, prometeu pagar R$ 400 a um taxista e fez outra corrida de R$ 100 com outro motorista. Nenhum deles foi pago.
Ele ficou preso até ser sentenciado a reclusão de um ano, dois meses e 12 dias, mas foi solto no fim de dezembro após a Justiça converter sua prisão em serviços à comunidade e uma fiança de um salário-mínimo. Essa conta ele também não pagou.
Já em 2020, Pamponet começou atuando na cidade de Santana no mês de agosto. Ele se tornou réu, mas, em outubro de 2021, a Justiça suspendeu o processo porque o acusado de estelionato sumiu. O mesmo aconteceu no município de Ilhabela também em agosto de 2020. De lá, ele partiu para Salvador, na Bahia, onde foi processado em dezembro.
Em fevereiro do ano passado, Pamponet foi processado por ter cometido o mesmo crime em um restaurante de Porto de Galinhas, paraíso turístico no litoral pernambucano. Ele foi solto em audiência de custódia no dia seguinte, mas a Justiça determinou que ele pagasse o equivalente a dez salários mínimos.
Em abril de 2021, ele já estava aplicando o golpe em um restaurante da Praia de Boa Viagem, na capital de Pernambuco. Em depoimento, a proprietária do empreendimento disse que ele sentou, pediu o cardápio e, em seguida, pediu a bebida mais cara da casa. Após isso, pediu cervejas caras, ostras gratinadas, whisky, vodka, gin e espumante, tudo ao lado de duas mulheres. A conta deu R$ 3.751.
Em 18 de novembro do ano passado, a Justiça pernambucana também o condenou por este crime ao cumprir um ano e nove meses de reclusão. Como ele ficou preso por sete meses, ele já havia cumprido mais de um terço da pena, desta forma, ele foi colocado em liberdade, mas, até o momento, não há informações se ele fez o pagamento de R$ 3.751 também impostos pelo juízo.
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