O futebol voltou em alguns países, com destaque para a Alemanha, mas com restrições sobre contato entre participantes e sem público nos estádios. Aos 67 anos e em quarentena por causa da pandemia de Covid-19, Zico não deu a menor bola.
“Vi alguns lances, mas parar em frente à televisão para ver futebol sem público não é comigo”, disse o ídolo do Flamengo em entrevista nesta quinta-feira, 21, ao jornalista José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes. O presidente da Câmara dos Deputados, o botafoguense Rodrigo Maia (DEM-RJ), também participou do papo.
“Eu não gosto, não vi nada. A gente sente falta da participação do público. Prefiro assistir a um jogo antigo, que pode me trazer mais alegria, do que um jogo atual sem público”, completou o Galinho de Quintino.
Esta semana, o Flamengo descumpriu o protocolo de segurança que o próprio clube ajudou a formular e desrespeitou ordem da prefeitura, retomando atividades de campo. A permissão foi dada apenas para trabalhos de fisioterapia.
Crítica às autoridades
Ex-secretário de Desportos do governo do presidente Fernando Collor, Zico criticou a falta de unidade no discurso das autoridades no combate à Covid-19. O rubro-negro disse que a desunião confunde as pessoas, que acabam desobedecendo as orientações, e citou o Japão, onde é ídolo, como exemplo.
“Tem que levar em conta a desinformação das autoridades. As pessoas não sabem a quem seguir. Eu moro no Japão. Lá o primeiro-ministro é o cara que fala. É uma informação só. E a população toda obedece. Isso te dá a condição de superar com mais facilidade os problemas”, declarou Zico, falando, sem citar nomes, do descompasso entre o presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros da Saúde do atual governo e os chefes do executivo dos estados.
Entrevista completa
Com informações da Rádio Bandeirantes, de São Paulo