Três dias após deixar o hospital, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta quarta-feira (8), em Brasília, de uma manifestação que pediu anistia aos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O pastor Silas Malafaia organizou o ato “Caminhada pacífica pela anistia humanitária”, que reuniu cerca de 4 mil pessoas, segundo estimativa do Monitor do Debate Político do Cebrap.
Com início na Torre de TV e caminhada até a Esplanada dos Ministérios, a manifestação teve clima de mobilização patriótica. Participantes vestiam camisetas da seleção brasileira, carregavam bandeiras do Brasil e, em menor número, do Estado de Israel.
Do alto de um trio elétrico, Malafaia afirmou que a anistia é uma prerrogativa exclusiva do Congresso Nacional, criticando o Supremo Tribunal Federal (STF). “STF não pode meter o bedelho”, disse o pastor, em discurso breve.
Acompanhado da esposa Michelle Bolsonaro, o ex-presidente também discursou e usou uma retórica messiânica: “Eu sou um empregado de vocês, não tenho nenhuma obsessão por poder, eu tenho paixão pelo meu Brasil”. Bolsonaro defendeu que a anistia é um ato político, de competência do Parlamento. “O parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada”, completou.
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Investigação
Bolsonaro recebeu alta hospitalar no último domingo (5), após 22 dias internado para tratar complicações intestinais. Ainda em recuperação, ele foi incluído como réu pela Primeira Turma do STF em março. O acusado integra um núcleo que planejou a tentativa de golpe de Estado em 2023. Sete pessoas, além dele, investigam o processo.