Após tudo preparado para a cerimônia de anunciou do valor do Auxílio Brasil, na tarde desta terça-feira (19/10), o Governo Federal decidiu cancelar o evento. A decisão está sendo considerada uma derrotada para Paulo Guedes e sua equipe do Ministério da Economia.
Por meses, a pasta vinha defendendo que o Estado teria recursos suficientes para o atendimento financeiro da população mais vulnerável, depois que se encerrasse o pagamento do auxílio emergencial. O próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a exigir um valor mensal de R$ 400,00 para o benefício, que tinha como previsão de R$ 300,00.
Em reunião, nessa segunda-feira (18/10), o presidente chegou a citar os riscos de se furar o teto de gastos, implicando no aumento da inflação, e deixou a definição do novo valor a cargo dos técnicos de Guedes. Com a perspectiva que os recursos possam estourar as contas públicos, o mercado financeiro reagiu.
E para acalmar os investidores, a equipe econômica cogita existir que um custo entre R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões, fora do teto, é considerado baixo, sem impacto nas finanças brasileiras. A pasta analisa ainda que uma prorrogação do atual auxílio emergencial pode gerar custos maiores.