Saúde elabora plano para barrar sarampo em Goiânia

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A proposta do plano de contigenciamento é estabelecer estratégias para melhorar a proteção da população com melhor cobertura vacinal. Foto: Prefeitura de Goiânia

A Secretaria Municipal de Goiânia apresentou nessa sexta-feira, 09, um plano de contingenciamento de Sarampo.

A proposta é estabelecer estratégias para melhorar a proteção da população e aumentar a cobertura vacinal, as notificações e a identificação de novos casos, além da prevenção contra um possível surto na capital.

Essa preocupação das autoridades sanitárias tem justificativa: Desde 1999 o estado não tem casos da doença, e apenas em 2019 foram registradas oito notificações de casos suspeitos de sarampo.

Destes, seis já foram descartados e dois continuam sob investigação, sendo que um dos casos apresenta forte indício da doença, um homem de 45 anos que viajou para São Paulo, onde dezenas de casos foram confirmados, e voltou com sintomas.

 A regra para esse tipo de situação é refazer o exame após 15 dias para uma confirmação definitiva.

Baixa cobertura vacinal

A exemplo de outras cidades brasileiras, a capital também está com a cobertura vacinal prejudicada.

As crianças de um a cinco anos constam com 85% de cobertura vacinal.

Os adolescentes e adultos com idades de 15 a 29 anos alcançam 36% de cobertura. 

E com números preocupantes como estes, os grupos tornam-se prioritários conforme explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim. ”As crianças de um a cinco anos são prioritárias devido a chance de agravamento, e os jovens e adultos de 15 a 29 anos também, devido a baixa cobertura”.

Estratégias do plano de contingenciamento do sarampo

Dentre os pontos elaborados pela Secretaria Municipal de Saúde para o plano de contingenciamento da doença em Goiânia estão:

-Atingir e manter o percentual mínimo exigido pelo Ministério da Saúde que é de 95% da cobertura vacinal em grupos prioritários e 70% de homogeneidade para as duas doses da vacina contra Sarampo, Caxumba e  Rubéola, contempladas no calendário de rotina;

-Divulgar a lista das salas de vacinação  da cidade com endereço, telefone e horários de funcionamento; Identificar fluxos migratórios do exterior (chegada de estrangeiros) e fluxos internos (movimentos de grupos populacionais) em cada município, a fim de facilitar o acesso aos serviços de vacinação, de acordo com o calendário nacional de vacinação;

– Busca ativa de faltosos com os agentes comunitários de saúde e equipes da estratégia saúde da família;

-Busca ativa nas salas de espera das unidades de saúde de pessoas elegíveis para vacinação, não vacinadas;

-Busca ativa de adultos nos Mutirões da prefeitura para atualização do cartão vacinal;

-Vacinação itinerante para regiões com baixa cobertura vacinal sem unidades de estratégia de saúde da família próxima, em parceria com o conselho Regional de Enfermagem;

-Estratégias de notificação, bloqueio e identificação de novos casos:

-Capacitação dos profissionais da SMS sobre Diagnóstico Diferencial das Doenças Exantemáticas/Arboviroses, Manejo Clínico da Dengue e abordagem da Síndrome mão pé-boca;.

Goiânia conta com 66 salas de vacinação que estão à disposição da população.

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