A Corte de Cassação de Roma, órgão italiano equivalente ao Supremo Tribunal Federal, recusou nesta quarta-feira (19) em última instância o recurso de defesa do atacante Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, que respondem a uma denúncia de violência sexual em grupo contra uma jovem albanesa em Milão. Com isso, ficou confirmada a sentença de 2 a 9 anos de prisão e a execução da pena deve ser imediata.
A constituição brasileira veta a extradição de brasileiros, assim, Robinho e Ricardo Falco devem cumprir pena no Brasil. A Itália pode ainda tentar solicitar a extradição, porém, a tendência é que isso não ocorra. O crime teria ocorrido em 2013, em uma boate em Milão, durante uma festa em que a mulher albanesa participava juntamente com um grupo de amigos de Robinho.
Os brasileiros já haviam sido condenados em instâncias inferiores a nove anos de prisão e aguardavam o último recurso de defesa para terem suas sentenças confirmadas ou não. A audiência da Corte de Cassação durou aproximadamente 30 minutos, com cinco juízes italianos como participantes e confirmou a pena de prisão contra Robinho e também Ricardo Falco.
A defesa de Robinho apresentou durante sua sustentação oral a versão de que o ato sexual realizado com a mulher, autora da denúncia, havia sido consensual. Além disso, foram levantadas dúvidas sobre a conduta moral da jovem através de um dossiê sobre a vida pessoal da acusadora. Os juízes não acataram a utilização de tal dossiê.
Enquanto aguardava o julgamento, Robinho chegou a ser anunciado como reforço do Santos em 2020. Porém, após fortes críticas e a não aceitação do fato pelos principais patrocinadores, o clube santista voltou atrás e cancelou a contratação. Desde então o jogador não atua no futebol profissional.
