Em um vídeo publicado nas redes sociais, o presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais do Estado de Goiás, Maxssuell Miranda, denunciou que o recém-inaugurado presídio de Planaltina, no entorno do Distrito Federal, já passa por depredações e princípio de rebelião. Ainda segundo a denúncia, os presidiários do local não recebem alimentação adequada, água, kit higiene e visitas dos advogados.
“Grande parte desse presídio foi quebrado. Foram tentar retirar um preso lá, houve uma revolta e quebram quase todo o presídio. Aconteceu isso porque não há agentes prisionais suficientes para trabalhar no plantão”, denunciou Maxssuell. Em outro momento do vídeo, ele diz: “O cidadão apesar de ser preso tem que ter os direitos respeitados. Não está entrando advogados, o kit higiene básico não foi entregue para todos os presos, tem celas que não tem água e eu tenho como provar que tudo isso está acontecendo”.
A unidade prisional foi inaugura no último dia 02 de setembro com presença do Ministro de Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Em 10 de setembro, 195 presos foram transferidos para o local. A Secretaria Estadual de Segurança Pública havia informado que se tratavam de presos de “alta periculosidade” que estavam na Casa de Prisão de Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia em outros presídios de 22 municípios.
Na segunda-feira, 16, familiares dos presos realizaram protesto na porta do presídio de Planaltina contra as condições do local.
Ainda no vídeo, Maxssuell Miranda continuou criticando a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP): “Não tem armamento, não tem munições para os agentes prisionais. O plantão tem contado apenas com 50 agentes e agora contamos com a ajuda da Polícia Militar a quem agradecemos. Por que o diretor geral não fez isso antes? Esperou acontecer, destruir o presídio…”.
Ele também afirma que os agentes sofrem ameaças frequentes: “Estão tendo áudios de presos que estão ameaçando ‘pegar’ os agentes fora do serviço. Meus agentes prisionais não vão morrer em vão por incompetência dessa diretoria”, afirmou.
O princípio de rebelião e depredação teria ocorrido na Ala B do Bloco 1. A DGAP afirmou em nota que denúncias não procedem.
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