O Partido dos Trabalhadores (PT), em convenção neste sábado (23), oficializou o nome de Fernando Haddad para disputar o pleito ao governo de São Paulo, em dois de outubro.
Liderando as pesquisas no estado, Fernando Haddad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tiveram que articular muito para terem êxito no apoio de Márcio França (PSB), que tinha o objetivo de lançar o próprio nome ao Palácio dos Bandeirantes.
Depois de muita conversa nos últimos dias, França aceitou recuar e apoiar Haddad, mas acertou também com o PT seu nome para a chapa na disputa pelo Senado Federal.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckin (PSB) — escolhido por Lula para a vice do petista em disputa pela presidência da República — participou do evento e foi um dos que ajudou na união de França com Haddad.
Nessa oficialização do nome de Haddad não foi anunciado o nome que será vice do petista. Nos bastidores fala-se que a tendência é que a sigla sescolha alguém com um viés político mais à direita para atrair o voto do público mais conservador de São Paulo.
A ex-ministra Marina Silva tem seu nome lembrado com mais frequência, ela seria um nome chancelado por Fernando Haddad — inclusive. O ex-presidente Lula — devido à agenda — não participou do evento.
Márcio França, ao discursar, disse que a depender da votação em São Paulo, o PT pode vencer a eleição para a presidência da República ainda no primeiro turno.
“São Paulo é a caixa de ressonância. O que acontence aqui ressoa no Brasil”, disse o ex-governador.
O também ex-governador Geraldo Alckmin destacou que a experiência política e conhecimento desses nomes dessa chapa PT-PSB é fundamental para uma vitória em outubro, no estado de São Paulo.
“Temos uma chapa de um ex-presidente da República que governou duas vezes, um ex-prefeito da capital e dois ex-governadores. Nos conhecemos São Paulo e São nos conhece. Vamos juntos por São Paulo e pelo Brasil”, completou Alckmin.
Fernando Haddad, em sua fala, proferiu críticas ao presidente Jair Bolsonaro, afirmando que este representa ameaça à democracia brasileira.
“Bolsonaro não só representa a ditadura militar, ele representa o pior dela. Ele conspira dia e noite contra a nossa democracia e nossa liberdade”, disse o ex-prefeito da capital paulista.
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