A Prefeitura de Goiânia vem ampliando o suporte pedagógico oferecido a estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados na rede municipal. Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), o atendimento segue diretrizes do Ministério da Educação e se baseia em estratégias inclusivas para garantir a aprendizagem com equidade.
“As crianças com TEA recebem o atendimento pedagógico necessário na RME de Goiânia”, afirmou a gerente de Inclusão, Diversidade e Cidadania, Profa. Lianna Marya Peixoto Gusmão, em entrevista concedida ao jornalista Lucas Freitas, da Rádio Bandeirantes Goiânia.
Atualmente, professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) oferecem suporte em parceria com docentes do ensino regular. Esses profissionais utilizam recursos pedagógicos acessíveis, estratégias diferenciadas e tecnologias assistivas para eliminar barreiras no processo de ensino-aprendizagem.
A rede conta com 85 Salas de Recursos Multifuncionais e mantém parcerias com instituições como APAE, CRESPA, CORAE e CAE Renascer, além de dois Centros Municipais de Apoio à Inclusão (CMAIs). Esses espaços funcionam como polos de apoio técnico e pedagógico para outras escolas da rede.
A SME também disponibiliza profissionais de apoio escolar para estudantes que necessitam de auxílio em atividades de alimentação, higiene ou locomoção. Além disso, realiza uma avaliação inicial durante o período de ambientação, com participação da família, para direcionar o atendimento às necessidades específicas de cada criança.
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Vagas em cursos de formação continuada
Em 2024, a Secretaria de Educação ofertou cerca de 15 mil vagas em cursos de formação continuada voltados ao atendimento de estudantes com TEA. A secretaria também promove ações com familiares, por meio do projeto “TEA Abraça”, que oferece encontros e orientações a pais e responsáveis.
O número de estudantes com autismo matriculados na rede municipal teve crescimento expressivo nos últimos anos. Em 2019, eram 337 alunos com TEA; em 2024, esse número subiu para 2.561. O levantamento é atualizado semestralmente para embasar políticas públicas.
“Esses dados demonstram o crescimento significativo da presença de crianças/estudantes com TEA na rede e reforçam a necessidade de um atendimento estruturado”, explicou a gestora.
Entre os projetos em andamento, destaca-se a criação de um Centro de Referência para Atendimento a Estudantes com TEA. A unidade deverá oferecer atendimento pedagógico especializado, produção de materiais acessíveis, formação continuada e desenvolvimento de práticas inovadoras.
“Nosso objetivo é fortalecer a política de educação inclusiva, garantindo o direito de todas as crianças a uma educação pública, gratuita e de qualidade”, concluiu Lianna Gusmão.