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sábado, 4, maio 2024
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MP investiga desvio de R$ 10 milhões envolvendo o deputado Iso Moreira e família

Além do gabinete do deputado, foram cumpridos mandados em residências ligadas a família Moreira, em Goiânia, Brasília, Bela Vista de Goiás, Simolândia e Alvorada do Norte.

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Na manhã desta quinta-feira (03), o Ministério Público de Goiás (MP-GO) cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado estadual Iso Moreira (PSDB), na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O MP apura possível desvio de R$ 10 milhões, por meio de um esquema ilegal de compra e venda de combustíveis junto ao Posto Serra Bonita, de propriedade da família Moreira, na cidade de Alvorada do Norte. De acordo com o MP, o esquema funcionou entre 2003 e 2016.

Além do gabinete do deputado, foram cumpridos mandados em residências ligadas a família Moreira, em Goiânia, Brasília, Bela Vista de Goiás, Simolândia e Alvorada do Norte. O filho do deputado, ex-prefeito de Alvorada e atual secretário de administração da cidade, Alessandro Moreira e Davi Moreira, que faz parte da família e também já foi prefeito de Alvorada, são alvos da operação.

Ao todo, estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Outros alvos são o apartamento de um dos filho do deputado, em Brasília, Aloísio Moreira dos Santos Junior e também na residência de dois assessores, Humberto Carlos Teixeira, em Bela Vista de Goiás e Carlos Dourado, em Goiânia. Esses dois assessores estão lotados no gabinete do deputado e foram usados como laranjas no posto de combustíveis.

Em nota, a assessoria do deputado Iso Moreira informou que “está em contato com sua assessoria jurídica, com o fim de tomar conhecimento das alegações que lhe são imputadas, e que irá se pronunciar oportunamente, tão logo isso ocorra”. Ainda de acordo com a nota, “os fatos relatados serão esclarecidos e demonstrarão que não há conduta incriminatória que possa macular a presente legislatura por ele exercida, muito menos por fatos pretéritos não diretamente vinculados à sua pessoa”, afirma a nota. (Confira a nota completa a baixo)

Operação

De acordo com o MP, os desvios foram operacionalizados pelo grupo com alterações fictícias do contrato social do Posto Serra Bonita ao longo dos anos, registrado sucessivamente em nome de pessoas suspeitas de serem ‘laranjas’. São elas: David Moreira, Humberto Carlos e Carlos Alberto. O objetivo, de acordo com a investigação, era mascarar a propriedade real da empresa e permitir a comercialização de combustíveis com o ente municipal.

As fraudes de natureza contábeis e societárias identificadas se deram com o objetivo deliberado de frustrar a aplicação da lei de licitações, que proíbe a contratação junto a empresas de propriedade de pessoas que façam parte da entidade licitante, no caso o município de Alvorada.

As investigações terão prosseguimento para identificar outros envolvidos na prática das improbidades administrativas e apurar a extensão total do prejuízo financeiro provocado, inclusive nos últimos anos.

Mandados

Na capital, o MP realizou busca no gabinete do deputado estadual Iso Moreira, e em sua residência, bem como na casa do assessor parlamentar Carlos Alberto Alves Dourado. Já em Bela Vista de Goiás foi cumprido mandado de busca na residência do também assessor parlamentar Humberto Carlos Teixeira.

No município de Alvorada do Norte, os promotores realizaram buscas nas residências do ex-prefeito e atual secretário de administração do município, Alessandro Moreira dos Santos. Em Simolândia, houve buscas na casa do ex-prefeito de Alvorada do Norte e ex-assessor parlamentar David Moreira de Carvalho, além da residência do deputado Iso Moreira localizada naquele município.

Em Brasília, foi cumprido mandado de busca no apartamento do empresário Aloísio Moreira dos Santos Júnior.

Nota Iso Moreira

“Em resposta às notícias veiculadas hoje (3) sobre a operação em curso pelo Ministério Público de Goiás, envolvendo o nome do deputado estadual Iso Moreira, este informa que está em contato com sua assessoria jurídica, com o fim de tomar conhecimento das alegações que lhe são imputadas, e que irá se pronunciar oportunamente, tão logo isso ocorra. De acordo com o parlamentar, os fatos relatados serão esclarecidos e demonstrarão que não há conduta incriminatória que possa macular a presente legislatura por ele exercida, muito menos por fatos pretéritos não diretamente vinculados à sua pessoa”.


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