Na região central da Europa, a Eslováquia é um país com cerca de cinco milhões de habitantes. Sua capital Bratislava é também a cidade mais populosa, com quase meio milhão de pessoas. A 123 km, a pequena Zlaté Moravce, com apenas 11 mil habitantes, é a capital do distrito que leva o mesmo nome da cidade. E lá vive Gustavo, brasileiro de 20 anos que atua no FC ViOn Zlaté Moravce, clube da primeira divisão eslovaca.
O meia conversou com o repórter Juliano Moreira, das Feras do Esporte, para contar os efeitos da pandemia no país europeu. “É complicado ficar em casa. Ainda mais sozinho, bate um desespero. É um grande desconforto psicológico”, disse o meia. O país tem até o momento 18 mortes por Covid-19, com 1.381 casos confirmados e 403 pessoas recuperadas da doença.
“Tento evitar ao máximo sair para os lugares e evito sempre o contato com pessoas. As pessoas que trabalham com segurança aqui sempre nos alertam sobre o que fazer. Tem pessoas também que falam que sempre que precisar conversar, é só chamar”, completa.
Campeonato Eslovaco de Futebol
O futebol por lá foi paralisado em março. A Fortuna Liga, naming right do Campeonato Eslovaco, tem 12 equipes em disputa e duas fases para definir campeão, vice, classificados a Liga dos Campeões e Liga Europa, e os rebaixados. Ao final da 22ª rodada, os seis primeiros colocados formam uma espécie de hexagonal do título, brigando entre si até o campeonato acabar. Os seis outros clubes fazem o hexagonal do rebaixamento, onde os dois últimos caem para a segunda divisão.
Ao final da primeira parte, o FC ViOn ficou na oitava colocação, com 26 pontos, se classificando apenas para o hexagonal do rebaixamento. Porém antes da disputa pela permanência na primeirona começar, veio a paralisação do futebol europeu por conta da pandemia de Covid-19.
“Ainda não temos estimativa de volta. Estão pensando em acabar o campeonato. Mas vida que segue, não podemos parar. Quando passar isso, quero fazer o máximo possível para que meu trabalho seja recompensado”, comenta Gustavo.
Os jogos do FC ViOn são mandados no Štadión FC ViOn, que possui capacidade para menos que quatro mil espectadores. Gustavo é o único brasileiro do clube e por não falar eslovaco, se comunica com os companheiros através do inglês. “Falo sempre inglês por aqui. Mas neste momento, converso tanto com minha família, que mora em São Bernardo do Campo-SP, que só estou falando em português”, finaliza.
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