O presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela, avalia que o desejo público do governador Ronaldo Caiado (DEM) por uma aliança nas eleições de 2022, acelerou o processo interno de decisão no partido. A sigla tem representantes que apoiam a reeleição de Caiado e aqueles que apoiam candidatura própria, como é o caso de Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia. Em entrevista à Bandeirantes, Daniel afirmou que o gesto de Caiado fomentou ainda mais o debate interno.
“De lá para cá, muitas manifestações daqueles que defendem candidatura própria e os que defendem a aliança com o governador”, comentou o emedebista. Ainda de acordo com ele, todos estão sendo ouvidos e logo o partido terá um retrato das decisões a serem tomadas no âmbito das eleições do ano que vem. Daniel defende que a maioria dos prefeitos do MDB no estado, apoiam a aliança.
Em julho, uma carta assinada por 27 dos 28 mandatários filiados a sigla em Goiás, declarou apoio à reeleição de Ronaldo Caiado. O único prefeito do MDB que não assinou o documento foi Gustavo Mendanha. “A princípio esse tem sido um desejo majoritário. Vamos continuar discutindo internamente, depois com o diretório estadual do partido para que possamos consumar esse pensamento majoritário”, pontua Vilela.
Daniel acredita que o gesto de Caiado demonstra que a construção da aliança precisa acontecer rápido “para planejamento e formulações mais adequadas”. Em relação a tensão com Mendanha, o ex-deputado federal espera que, caso o partido escolha pela aliança, que o prefeito de Aparecida tenha espírito democrático e “siga em frente”. “Na minha visão, preciso ser escravo da vontade da maioria do meu partido”, diz.
Carta de Gustavo Mendanha
Por outro lado, Gustavo Mendanha, em entrevista ao jornal O Popular, afirmou que há uma carta assinada por lideranças do MDB em defesa da candidatura da sigla ao governo do estado. Inclusive, ex-governadores teriam assinado essa carta que ainda será divulgada.
No último dia 11 de agosto, quando perguntado sobre uma possível saída do MDB, Mendanha disse que a ideia “não passa pela cabeça” e que o partido deve ser “cabeça e não cauda”, fazendo referência, até então, a possível aliança com Caiado para compor a chapa majoritária.
Leia mais: Jair Bolsonaro cumpre agenda em Goiânia neste sábado (28)