O presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM) e prefeito de Goianira, Carlão da Fox, declarou que mais de 90% dos municípios, à exceção de “pouquíssimos casos”, não têm condições de pagar o percentual de reajuste no piso salarial dos professores, definido pelo governo federal em 33,24%.
À Bandeirantes, o gestor disse que a Associação buscará decisão judicial contra o aumento.
“Tanto a AGM quanto a FGM vão ingressar na Justiça via Confederação Nacional dos Municípios alegando ilegalidade ou que o governo federal repasse para os municípios aquilo que ele acredite que deve ser repassado”, explicou.
A orientação, segundo o prefeito de Goianira, é para que os prefeitos paguem o valor correspondente à inflação do ano passado e aguardem decisão judicial para viabilização de recursos.
“Para aqueles que têm condição de pagar, a gente orienta que sentem, ajustem e vejam suas condições”, acrescentou.
Carlão da Fox argumentou que as entidades municipalistas não questionam o merecimento da categoria em receber este percentual de reajuste.
“Achamos merecido o reajuste aos professores, o que ocorre é que mais de 90% dos municípios brasileiros não têm condição de pagar”, reforçou.
Em Goiânia, a exigência do pagamento dos 33,24% é uma das principais pautas da greve dos professores da Rede Municipal, que já dura 18 dias. A Secretaria de Educação da capital propôs pagar o piso nacional atualizado em 2022 pelo Governo Federal para professores em início de carreira e, para os demais, que já recebem acima do piso, o aumento salarial seria de 7,5%. A categoria negou a proposta.
Leia mais: Inauguração de Cmei em Goiânia termina com prisão de professores e confusão envolvendo prefeito