O juiz Eduardo Pio Mascarenhas, da 1ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, mandou a júri popular, nesta quarta-feira (4), Pedro Henrique Martins Soares, Hélica Ribeiro Gomes, Cosme Lompa Tavares e Nei Castelli.
Essas quatro pessoas são acusadas pelo homicídio dos advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro, assassinados em 28 de outubro de 2020, no Setor Aeroporto, em Goiânia.
O fazendeiro Nei Castelli — segundo a denúncia — teria sido o mandante dos crimes. Ele teria perdido uma ação na justiça no valor de R$ 4,6 milhões e por isso, segundo as investigações, teria planejado esse fato.
Ainda de acordo com a apuração da polícia, o fazendeiro teria procurado Cosme Lompa para orquestrar os assassinatos, já que este teria conhecimento de como encontrar alguém para praticar os atos.
O papel da namorada de Pedro Henrique neste caso, Hélica Ribeiro, seria negociar a recompensa pelo crime. Os policiais apuraram que os acusados receberiam R$ 100 mil se saíssem impunes e R$ 500 mil se fossem presos devido aos crimes.
Ainda de acordo com a denúncia, ao chegarem em Goiânia Pedro e Jaberson, usando o nome de Fernando Morais, ligaram para o escritório de advocacia perguntando por Marcus Aprígio e chegaram a deixar um número de telefone para retorno, que, mais tarde, foi usado pela secretária das vítimas para agendar a reunião para o dia 28.
A justiça decidiu que apenas Hélica Ribeiro responderá ao processo em liberdade, já que o juiz do caso entendeu que ela livre não interfere no andamento do processo. Os demais ficarão presos preventivamente.
“Ainda persiste a necessidade de se resguardar a ordem pública, ante a gravidade concreta combinada ao modus operandi dos delitos, uma vez que há indícios de premeditação, unidade de desígnios e o laudo de local de morte violenta descreveu dinâmica delitiva grave”, explica o juiz Eduardo Pio Mascarenhas.
Leia mais: Ministro inclui presidente Bolsonaro no inquérito das fake news