Investigação sobre tráfico de madeira cumpre mandados em Anápolis e Aparecida

De acordo com informações, dentre os investigados, está um ex-superintendente do Ibama em Goiás.

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Operação Oroborus
Imagem ilustrativa registrada durante a Operação Maravalha, em 2017. (Foto: Polícia Federal)

A Operação Oroborus, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (02), cumpre 13 mandados de busca e apreensão em Goiás e no estado do Pará. Em Goiás, estão sendo cumpridos um mandado em Aparecida de Goiânia e 11 em Anápolis. Já no estado do Pará, um mandado está sendo cumprido na cidade de Marabá.

A investigação tem como objetivo combater o crime ambiental de tráfico de madeiras extraídas de florestas pertencentes a unidades de conservação federal e terras indígenas, localizadas na região norte do Brasil. Ao todo, cerca de 60 policiais participam da ação.

Ex-superintendente investigado

De acordo com informações, dentre os investigados, está um ex-superintendente do Ibama em Goiás. Segundo a PF, um grupo criminoso promove o transporte e comercialização de madeira de origem clandestina do norte pra outras regiões do país. Para isso, o grupo se utiliza de integrantes que serviam de olheiros e batedores a fim de obter informações de policiamento nas estradas. Com isso, era possível desviar os percursos e evitar fiscalizações.

Se condenados, os alvos poderão responder pelos crimes de associação criminosa e tráfico de madeira, com penas que, somadas, alcançam mais de 12 anos de prisão. Em caso de abordagens fiscalizatórias, os integrantes do grupo apresentavam Documentos de Origem Florestal, DOFs e Guias de Transporte Florestal, GTFs falsificados, no afã de dar aparência de legalidade à madeira extraída (angelim-vermelho, angelim-pedra, angico, ipê entre outras espécies).

Etimologia

O nome da operação Oroborus, de origem grega, faz referência a uma serpente que se alimenta do próprio corpo, isto é, daquilo que dá sustento à sua própria vida. Retrata a prática do tráfico de madeira no país, onde os malfeitores “alimentam-se” da destruição daquilo que é essencial à vida humana, as florestas.


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