A Secretaria Municipal de Educação (SME), por meio do Núcleo de Educação Bilíngue de Surdos (NEBS), promove nesta quinta-feira (10) o segundo encontro de 2025 com intérpretes de Libras que atuam na rede pública. As atividades ocorrem em dois turnos, às 7h30 e às 13h30, na Faculdade UniAraguaia, localizada no Setor Bueno.
Atualmente, 44 intérpretes concursados prestam atendimento direto a 54 estudantes surdos matriculados desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental. Todos os profissionais participam do Grupo de Trabalho e Estudos (GTE), que discute a proficiência em Libras e na Língua Portuguesa escrita, com encontros mensais previstos até novembro deste ano.
Segundo a SME, o principal foco dos encontros é refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes surdos, além de propor estratégias para melhorar a avaliação educacional em Libras e português.
Políticas públicas para inclusão
A criação do NEBS, em dezembro de 2024, marcou um novo momento na política educacional inclusiva da capital. O núcleo, ligado à Diretoria Pedagógica da SME, tem como missão implantar o Programa Integrado de Educação Bilíngue e Intercultural de Surdos na rede municipal.
Com isso, Goiânia segue as diretrizes da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), atualizada em 2021, que reconhece a educação bilíngue para surdos como uma modalidade de ensino. A iniciativa também busca consolidar políticas públicas específicas voltadas à comunidade surda, garantindo qualidade, equidade e acessibilidade na educação.
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Formação contínua dos profissionais
Outro destaque das ações do NEBS é a formação continuada de servidores da rede. De acordo com Valéria Galdino, coordenadora do núcleo, a SME oferece atualmente dois cursos voltados à aquisição da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
“As formações acontecem fora do expediente e contam com a participação de 215 profissionais, tanto em formato presencial quanto on-line. O objetivo é construir uma rede de ensino mais inclusiva, com professores e técnicos preparados para atender com qualidade os estudantes surdos”, afirma Valéria.
A SME reforça que essas ações buscam ampliar a equidade no ensino público. O objetivo é garantir que barreiras linguísticas ou de comunicação não deixem nenhum estudante para trás.