O Governo de Goiás concluiu, nesta terça-feira (17), as principais ações de controle e erradicação do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) registrado em aves de subsistência no município de Santo Antônio da Barra, no Sudoeste do Estado. A operação foi coordenada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e executada com apoio de diversos órgãos estaduais e municipais.
Apesar do caso não envolver granjas comerciais, a resposta foi imediata. As equipes eliminaram 233 aves infectadas ou que tiveram contato com os animais doentes e realizaram a desinfecção de 22 mil metros quadrados de instalações. Segundo a Agrodefesa, os procedimentos seguiram o Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária. As aves foram enterradas em valas sanitárias, conforme as normas de biossegurança.

Vistoria detalhada e bloqueios sanitários
Além da ação no local do foco, a Agrodefesa inspecionou 194 propriedades num raio de até dez quilômetros da área afetada. As 25 mais próximas passaram por duas rodadas de inspeção. Para garantir o controle do trânsito de pessoas e veículos, a operação montou duas barreiras sanitárias e realizou cerca de 200 abordagens para orientação e higienização de veículos.

Educação sanitária na comunidade
Paralelamente, as equipes trabalharam com ações educativas em escolas, feiras e comércios da região. Ao todo, 350 visitas domiciliares foram feitas, alcançando diretamente cerca de 1,3 mil moradores. Durante as abordagens, os profissionais orientaram a população sobre os sintomas da doença em aves e os canais de notificação.
“Mesmo sem impacto direto no comércio, nossa resposta foi rápida e bem coordenada. Isso mostra a capacidade do Estado em agir com eficiência diante de um risco sanitário”, afirmou o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos. Ele destacou ainda que a medida visou proteger a credibilidade da avicultura goiana e a saúde pública.
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Vigilância contínua e vazio sanitário
Com o encerramento das ações emergenciais, teve início o período de vazio sanitário na propriedade foco, com duração mínima de 28 dias. Durante esse tempo, está proibida qualquer criação de aves no local. A vigilância continua com visitas a cada dois dias à propriedade e inspeções semanais nas áreas vizinhas.
O diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira, afirmou que as equipes não identificaram nenhuma nova ocorrência, o que indica o sucesso da operação. Já a gerente de Sanidade Animal da agência, Denise Toledo, destacou a agilidade e o preparo da equipe técnica. “Atuamos com precisão desde a primeira notificação. Seguimos o plano de contingência à risca”, ressaltou.

Ação integrada
A operação contou com apoio das prefeituras de Santo Antônio da Barra e Rio Verde, da Polícia Militar (Batalhão Rural), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Fundepec e secretarias de saúde, além de representantes da iniciativa privada. O prefeito de Santo Antônio da Barra, José Cândido, agradeceu o trabalho da Agrodefesa. “Agiram com precisão e responsabilidade. A população pode ficar tranquila”, afirmou.

Canal de denúncia
A Agrodefesa reforça que o consumo de carne de frango e ovos continua seguro. A população deve permanecer vigilante e comunicar qualquer suspeita de doença em aves imediatamente pelo WhatsApp: (62) 98164-1128.
