Em entrevista na manhã desta terça-feira (17), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), anunciou que irá a Brasília no fim da tarde de hoje para tentar dialogar com o intuito de minimizar a crise política entre as instituições do país.
“O que cabe a nós neste momento e cabe a mim com a experiência de vida e com o relacionamento que tenho ser um elemento moderador. Ninguém mais do que eu defende a autonomia das instituições e a democracia, agora num momento como esse não é hora de queda de braço. É hora de ter uma pessoa como eu que estarei hoje em Brasília buscando exatamente um processo de pacificação”, disse o político à Rádio CBN.
Sem citar o presidente Jair Bolsonaro e nem os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o chefe do Executivo goiano afirmou que é preciso dialogar com harmonia para proteger a democracia brasileira.
“Qualquer ação de ruptura bota em risco o sistema democrático. Existem dois pilares na vida que eu não abro mão deles: primeiro, defesa da vida; segundo, da democracia. Quando você um processo tão delicado como este, a posição minha com a experiência de vida que tenho, é exatamente acalmar as coisas é buscar o diálogo”, pontuou Caiado.
Nos últimos dias o ambiente político no país vem sendo considerado anormal com possibilidade de ruptura política. Depois que o ex-deputado Roberto Jeferson foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, o presidente Bolsonaro disse que iria ao Senado pedir o impeachment de Moraes e Roberto Barroso — ambos do STF.
Também nesta segunda-feira (16), a ministra do STF Cármen Lúcia pediu em documentação a manifestação do procurador-geral da República, Augusto Aras, a propósito da notícia-crime contra o presidente, proposta encaminhada por deputados federais do PT que entenderam que Bolsonaro cometeu irregularidades quando teria transmitido uma live também pela TV Brasil.
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