O Bureau Federal de Inteligência dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) divulgou neste sábado (11) os primeiros documentos relacionados à investigação dos ataques terroristas de 11 de setembro de 200. Os documentos trazem alegações de apoio do governo saudita aos sequestradores, mas nenhuma evidência de que o governo em Riade foi cúmplice dos ataques, que mataram quase três mil pessoas. Quinze dos 19 sequestradores eram da Arábia Saudita.
O documento de 16 páginas parcialmente editado e divulgado pelo FBI expôs contatos entre os sequestradores e associados sauditas. A Arábia Saudita afirma que não teve nenhum papel nos ataques. A embaixada saudita em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentários feitos pela agência de notícias Reuters, enviado na noite de sábado.
Em um comunicado divulgado em 8 de setembro, a embaixada disse que a Arábia Saudita sempre defendeu a transparência em torno dos eventos de 11 de setembro de 2001 e saúda a divulgação pelos EUA de documentos confidenciais relacionados aos ataques. Uma comissão do governo dos EUA não encontrou evidências de que a Arábia Saudita financiou diretamente a Al Qaeda. Ficou em aberto se as autoridades sauditas poderiam ter feito isso individualmente.
As famílias de cerca de 2,5 mil dos mortos e mais de 20 mil pessoas feridas, empresas e várias seguradoras processaram a Arábia Saudita em busca de bilhões de dólares. Em comunicado em nome da organização 9/11 Families United, Terry Strada, cujo marido Tom foi morto em 11 de setembro, disse que o documento divulgado pelo FBI no sábado eliminou quaisquer dúvidas sobre a cumplicidade saudita nos ataques.
Parentes das vítimas haviam pedido a Biden que não comparecesse aos eventos memoriais para marcar o 20º aniversário no sábado caso ele não divulgasse os documentos que eles afirmam que mostram que autoridades da Arábia Saudita apoiaram os atentados. A divulgação dos documentos foi uma ordem executiva do presidente norte-americano, Joe Biden.
Com informações da Agência Brasil
Leia mais: Com menor adesão que 7 de setembro, manifestações pelo Brasil pedem impeachment de Bolsonaro