O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (09) que, o governo federal vai comprar e disponibilizar qualquer vacina contra a covid-19 que passar pelo aval do Ministério da Saúde e for certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Passando pela [Ministério da] Saúde e sendo certificada pela Anvisa, o governo federal vai comprar e disponibilizar, mas não vai ser obrigatória de jeito nenhum”, disse Bolsonaro em live transmitida pelas redes sociais. Nesta segunda, a Pfizer informou que sua vacina experimental contra a covid-19 mostrou ser 90% eficaz na prevenção da doença, com base em dados iniciais de um estudo amplo.
A Pfizer e sua parceira alemã BioNTech são as primeiras farmacêuticas a anunciarem dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em larga escala com uma potencial vacina contra o novo coronavírus. As empresas disseram que, até o momento, não encontraram nenhuma preocupação de segurança com a candidata a imunizante e que esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos Estados Unidos neste mês.
Anvisa interrompeu testes da Coronavac
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, em nota nesta segunda-feira (09), que suspendeu os estudos clínicos da vacina Coronavac, uma das que estão em estudo contra o novo coronavírus. A suspensão ocorreu por causa de um “evento adverso grave” ocorrido em outubro deste ano. A Anvisa não informou qual evento seria.
De acordo com a agência, esse evento adverso ocorreu em 29 de outubro. Também nesta segunda-feira (09), o diretor geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que recebeu com estranheza a notícia de que a Anvisa suspendeu temporariamente os testes em humanos da vacina chinesa Coronavac no Brasil. De acordo com Covas, em fala na TV Cultura, trata-se de “um óbito não relacionado à vacina” e, por isso, “não existe nenhum momento para interrupção do estudo clínico” da vacina.
Auxílio emergencial
Bolsonaro citou ainda o auxílio emergencial como um dos instrumentos criados pelo governo federal para combater os efeitos provocados pela pandemia do novo coronavírus. “Se não fosse o auxílio emergencial de R$ 600 por cinco meses e agora, até o final do ano, complemento de R$ 300, acredito que a economia nossa tinha ido para o espaço, então foi muito difícil isso porque não tinha dinheiro o governo, nos endividamos”, disse.
O auxílio é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, como forma de dar proteção emergencial durante a crise causada pela covid-19. O benefício começou a ser pago em abril, e, inicialmente, foi estabelecido em três parcelas de R$ 600. Em junho, por decreto, o governo prorrogou o auxílio por mais duas parcelas, no mesmo valor. E agora, com mais quatro parcelas, em valor menor, o benefício vai se estender até o final do ano.
(Com informações da Agência Brasil)
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