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quinta-feira, 2, maio 2024
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Aparecida: Secretaria de Saúde afasta diretoria e funcionária da Maternidade Marlene Teixeira

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Após o sumiço e reaparecimento do corpo do recém-nascido Rogério Cardoso de Almeida Filho, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia informou nesta segunda-feira, 28, que afastou a direção da Maternidade Marlene Teixeira e uma funcionária que “que atestou o recolhimento do material pela empresa”.

O afastamento foi anunciado por meio de nota, após o corpo do bebê ter sido reencontrado e a empresa responsável pelo recolhimento de resíduos ter informado que os colaboradores não tiveram acesso a outras dependências internas do local.

Rogério nasceu na tarde de quinta-feira (24) prematuramente aos sete meses. Ele viveu por cerca de 12 horas, mas morreu ainda no hospital.

Inicialmente, a Secretaria havia informado que o corpo do bebê havia sido incinerado pois foi descartado junto com demais resíduos. Porém, nesta segunda-feira, a própria SMS informou que ele havia sido encontrado nas dependências da empresa Resíduo Zero Ambiental, responsável pela coleta e descarte dos resíduos biológicos da Maternidade.

A Secretaria também admitiu que por conta da superlotação do hospital, “excepcionalmente” utilizou local não habitual para armazenar o corpo do bebê. Na nota, é afirmado que “a equipe da Maternidade utilizou a refrigeração onde estão localizadas as placentas para guardar o corpo do recém-nascido, devidamente identificado, como todo o material ali localizado”.

Empresa

A empresa Resíduo Zero Ambiental, responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos e perfurocortantes, também enviou nota à imprensa afirmando que a Maternidade e Secretária de Saúde do município “se precipitaram erroneamente” ao afirmar que o resíduo coletado na última sexta-feira, 25, havia sido incinerado.

Segundo a empresa o recolhimento foi feito “como de praxe, no local de sempre, indicado pela maternidade, sem que os colaboradores da Resíduo Zero Ambiental tivessem acesso às demais dependências internas da maternidade (apenas ao local determinado para descarte de resíduos).

A nota ainda diz que parte dos resíduos coletados realmente receberam tratamento térmico no mesmo dia, porém o corpo estava em outro container que não havia passado pelo processo de tratamento. Depois do conhecimento do caso, a empresa teria determinando “que o resíduo armazenado não fosse tratado até que as buscas ou perícias fossem realizadas adequadamente pela Polícia Civil e peritos”.

Veja as notas na íntegra:

Secretaria Municipal de Saúde:

A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia esclarece que na última quinta-feira, 24, com a Maternidade Marlene Teixeira funcionando acima da capacidade, todos os ambientes da unidade estavam ocupados por gestantes/parturientes, inclusive o ambiente originalmente destinado para guardar Rogério Cardoso de Almeida Filho. Assim, excepcionalmente, a equipe da Maternidade utilizou a refrigeração onde estão localizadas as placentas para guardar o corpo do recém-nascido, devidamente identificado, como todo o material ali localizado.

A Secretaria informa que já afastou a direção da Maternidade e a funcionária que atestou o recolhimento do material pela empresa e que implementou sindicância administrativa e estabeleceu um Grupo de Intervenção Hospitalar para fiscalização da Maternidade quanto ao cumprimento de todos os protocolos estabelecidos pela Secretaria. Agora, a pasta esclarece que aguarda as conclusões das investigações policiais e que irá aplicar todas as sanções cabíveis aos responsáveis.

Resíduo Zero Ambiental:

A Resíduo Zero Ambiental esclarece que é responsável pelo recolhimento dos resíduos biológicos e perfurocortantes das unidades de saúde municipal de Aparecida de Goiânia.

Os resíduos são coletados conforme procedimento operacional específico, que, entre outros, veda expressamente a violação dos resíduos por parte de seus funcionários, para evitar qualquer tipo de contaminação.

A coleta dos resíduos hospitalares na Maternidade Marlene Teixeira foi realizada na sexta-feira, 25. Como de praxe, no local de sempre, indicado pela maternidade, sem que os colaboradores da Resíduo Zero Ambiental tivessem acesso às demais dependências internas da maternidade (apenas ao local determinado para descarte de resíduos).

A coleta dos resíduos hospitalares foi realizada conforme o procedimento, com atestação de servidor da maternidade, que assinou o documento (Ticket de Pesagem) às 14h40.

Em seguida, os resíduos foram encaminhados para a empresa seguindo o rito para o processo de tratamento.

Embora parte dos resíduos coletados na última sexta-feira tenham recebido tratamento térmico no mesmo dia, o corpo estava em outro container, que ainda não havia passado pelo processo de tratamento.

Em nenhum momento a empresa informou que o resíduo coletado havia sido incinerado. A Maternidade e a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia se precipitaram erroneamente ao afirmarem isso.

Após tomar conhecimento da possibilidade de existir um corpo dentro de suas instalações, a empresa determinou que o resíduo armazenado não fosse tratado até que as buscas ou perícias fossem realizadas adequadamente pela Polícia Civil e peritos.

A Resíduo Zero Ambiental lamenta o ocorrido. A empresa contribuiu para os esclarecimentos dos fatos, fornecendo as devidas informações e permanecendo à disposição da Polícia Civil e demais autoridades.

Por fim, novamente presta sua solidariedade à família e permanece à disposição para informações adicionais acerca de suas atividades.

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