A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Aparecida implementa uma nova solução biológica para combater o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue e outras arboviroses. A instalação das caixas “Aedes do Bem” já teve início já na última sexta-feira (17).
Trata-se de uma solução biológica eficaz que usa mosquitos Aedes Aegypti machos autolimitantes para combaterem a própria espécie, funcionando como um larvicida fêmea-específico e controlando as fêmeas que picam e transmitem doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
A solução é depositada em uma caixa designada como “Caixa do Bem PRO”, que é voltada para tratar áreas amplas, é reutilizável e será instalada em áreas públicas do município. Já a outra opção é a “Caixa do Bem MINI” que é reciclável e será doada para os moradores para complementar as ações de controle do mosquito em suas residências.
“Essa é uma tecnologia que vem para cooperar com os trabalhos dos agentes de endemias da Secretaria de Saúde e proteger a vida das pessoas. Claro que o morador consciente não deixará de fazer a sua parte no cuidado com o seu quintal. É importante que todos façam a sua parte e contribuam com medidas de prevenção. A Caixa do Bem é mais uma solução estratégica para controlar a espécie e reduzir índices alarmantes de doenças transmitidas pelo mosquito”, afirmou o prefeito Vilmar Mariano.
Ao longo do tratamento de 4 meses, 12 mil caixas “Aedes do Bem™️ PRO” serão instaladas em bairros da cidade e outras 54 mil caixas “Aedes do Bem™️ MINI” serão distribuídas aos moradores durante eventos na cidade. Os bairros que receberão as caixas “Aedes do Bem™️ PRO” são:
– Setor Buriti Sereno
– Setor Santa Luzia
– Jardim Olímpico
– Independência Mansões
– Jardim Tiradentes
– Setor Garavelo I
– Setor Expansul
– Setor Colina Azul
– Bairro Independência
– Setor Serra Dourada I
A solução “Aedes do Bem™️” age especificamente no controle do Aedes aegypti e não afeta outras espécies de insetos benéficos ao meio ambiente, como abelhas, borboletas e joaninhas; não causam nenhum dano às pessoas e aos animais; não são tóxicos e nem alergênicos; não se concentram ao longo da cadeia alimentar e não causam efeitos adversos quando consumidos por outros animais.
Caixa do bem
A Caixa do Bem, desenvolvida pela multinacional de biotecnologia Oxitec, fundada na Universidade de Oxford, na Inglaterra e presente no Brasil desde 2011, está em comercialização desde 2021. A solução foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 2020, após 3 anos de projeto-piloto no município de Indaiatuba, em São Paulo.
Cada solução protege uma área de 5 mil metros quadrados ao seu redor. Isso significa que, mesmo que um morador não tenha uma caixa em seu quintal, ele estará protegido pela ampla área coberta pelas caixas instaladas nos arredores.
“Assim que os machos atingem a fase adulta, em cerca de 10 a 14 dias, voam das caixas para o ambiente urbano, procurando ativamente e acasalando com as fêmeas do Aedes aegypti. Ao serem ativados com água limpa, os ovos eclodem e os mosquitos machos se desenvolvem no interior da Caixa do Bem. Deste cruzamento, apenas os descendentes machos chegam à fase adulta. O resultado é a queda do número de fêmeas, e, consequentemente, o controle populacional da espécie”, afirma a bióloga Luciana Medeiros, representante da Oxitec.
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