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quarta-feira, 15, outubro 2025

Goiás leva o Cerrado à COP30 e defende coerência na agenda ambiental brasileira

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Goiás se prepara para representar o coração do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro de 2025, em Belém do Pará. O Estado levará propostas técnicas e políticas voltadas à valorização do Cerrado, ao uso de energia limpa e à integração entre produção agropecuária e conservação ambiental, reforçando sua posição como referência em sustentabilidade no país.

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) coordena a participação do Estado. O órgão articula uma delegação com representantes do governo, do setor produtivo e de instituições científicas. O objetivo é apresentar soluções regionais para o clima global, com base em experiências de regularização ambiental, manejo hídrico e inovação em energia solar.

Papel histórico do Brasil nas discussões climáticas

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o advogado José de Moraes Neto, especialista em Direito do Agronegócio e presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB-GO, destacou o papel histórico do Brasil nas discussões climáticas e a importância do evento.

“A COP30 é a conferência das partes, ou seja, são os países signatários da Convenção do Clima que debatem todos os assuntos ambientais mundiais. Hoje, o foco principal, inclusive, são as mudanças climáticas. E o Brasil tem um destaque desde a Eco-92”, explicou Moraes Neto.

O especialista reforçou que o Cerrado precisa ocupar o mesmo espaço que a Amazônia nas discussões climáticas.

“É o berço das águas, sustenta a produção de alimentos e é vital para o equilíbrio ambiental do país”, ressaltou.

Segundo ele, Goiás tem o desafio de mostrar que crescimento econômico e preservação ambiental podem caminhar juntos.

“A COP30 é o momento de o Brasil provar que tem coerência entre discurso e prática. Goiás é exemplo de integração entre agro e sustentabilidade, e essa experiência precisa ser ouvida”, afirmou.

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Crítica à escolha da sede

Embora reconheça a importância simbólica de sediar a conferência na Amazônia, Moraes Neto faz um alerta sobre os impactos ambientais da escolha de Belém.

“O país corre o risco de ser lembrado como o anfitrião que convidou o mundo para defender a floresta, mas a poluiu para recebê-lo. É inaceitável que, em plena emergência climática, se escolham locais que exigem obras de grande impacto e reativem termelétricas, enquanto se desestimula a energia solar distribuída.”

Para ele, o verdadeiro legado da COP30 deve ser a coerência entre o que o Brasil discursa e o que de fato executa.

“A credibilidade ambiental se constrói com exemplos, não com marketing”, resume.

Com foco no Cerrado e na sustentabilidade produtiva, Goiás pretende levar à COP30 a mensagem de que as soluções climáticas também nascem no centro do país, onde o agro, a ciência e o meio ambiente se unem para criar um novo modelo de desenvolvimento.

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