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sexta-feira, 22, novembro 2024
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Téo José lamenta morte de Edson Rodrigues: “uma das minhas maiores referências”

O narrador diz que Edson Rodrigues foi um ídolo e um exemplo na maneira com que administrou sua carreira

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Por: Juliano Moreira

A morte do narrador Edson Rodrigues, na manhã desta quinta-feira (26), deixou a crônica esportiva desolada. Dono de uma narração inigualável, o “Monstro Sagrado”, como era conhecido, marcou seu nome na imprensa esportiva goianiense, sendo referência para muitas e muitas gerações.

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Dentre as inúmeras pessoas influenciadas pelo talento de Edson Rodrigues, está o locutor Téo José, que nunca escondeu de ninguém a sua admiração pelo “Monstro Sagrado”. Além da referência profissional, o narrador diz que o ídolo também foi um exemplo na maneira com que administrou bem a carreira.

“O Edson Rodrigues sempre foi uma das minhas maiores referências profissionais. E não só profissional, mas, também, uma referência pessoal de como conduziu e como soube administrar bem a carreira dele no âmbito familiar. São duas as maiores referências que eu tenho em minha carreira. E as duas vêm exatamente do rádio: Edson Rodrigues e o José Carlos Araújo, que, atualmente está na Rádio Tupi, no Rio de Janeiro”, disse Téo José.

De acordo com Téo, sua relação com Edson Rodrigues é dividida em duas partes. A primeira delas aconteceu quando ele ainda era uma criança. Por conta da admiração pelo “Monstro Sagrado”, ele lembra que gostava de levar um rádio para o estádio. O motivo? Ouvir a narração de sua referência, independentemente de onde ela estivesse trabalhando.

“Eu tenho duas fases como o Edson Rodrigues. A primeira fase foi quando eu ainda era criança. Eu ouvia o rádio e torcia para o meu time do coração, que é o Goiás. Ouvi muitos gols do Cacau com a camisa do Goiás narrados pelo Edson Rodrigues. Sempre foi o meu narrador preferido para escutar os jogos do Goiás. Não importava em que rádio ele estivesse. No final da década de 1970 e início de 1980, nós tínhamos grandes equipes esportivas nos rádios de Goiás. E, às vezes, tínhamos uma mudança nos narradores. Mas, onde o Edson ia, eu ia atrás, declarou.

Então, tem esse lado. E, naquela época, não ouvíamos o rádio apenas em casa. Nós levávamos o rádio para o estádio. Às vezes, não eram aqueles rádios pequenos. Eles eram grandes mesmo. Eu ia muito no estádio para ver o Goiás jogar e ficava ouvindo. Por que nós levávamos o rádio? Para ouvir um narrador, para acompanhar os jogadores do time adversário, que na maioria das vezes, você não conhecia, para ficar sabendo das substituições na hora. Mas eu gostava mesmo era de ficar ouvindo o Edson Rodrigues”, contou Téo José.

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Já a segunda fase da relação de Téo José com Edson Rodrigues aconteceu quando o ídolo se tornou colega de profissão. Segundo o narrador, a troca de mensagens com o “Monstro Sagrado” era coisa frequente, principalmente para motivar, elogiar e corrigir.

“A outra fase foi quando eu me tornei um jornalista esportivo, principalmente um narrador esportivo. Eu tinha o Edson como uma grande referência. Nessas duas campanhas vitoriosas do Palmeiras na Libertadores da América, eu usava um termo que o Edson usava para o Goiás, que era o “avião verde”. Na primeira vez, usei de supetão, no improviso. E aí, quando cheguei em casa, mandei uma mensagem para ele, pedindo a autorização dele para usar o termo “avião verde” para o Palmeiras. E ele aprovou na hora. E eu tinha uma relação muito próxima com o Edson, revelou.

Nós trocávamos muitas mensagens e muitos telefonemas. Quando o Edson via ou escutava um jogo meu, ele me mandava mensagem para me motivar, me elogiar ou corrigir. Então, eu tinha um carinho muito grande. Ele me mandava muitas mensagens. De vez em quando, eu dou uma limpada nas minhas mensagens, mas tenho muita coisa que ele me mandou, como narrações novas e antigas dele. Nós tínhamos uma relação muito próxima”, lembrou Téo José.

Por fim, Téo José cita a frustração por não ter conseguido entrevistar Edson Rodrigues em seu podcast. Apesar disso, o locutor afirma que o legado do “Monstro Sagrado” durará para sempre.

“Vou ficar com uma frustração. Estou fazendo um podcast com meu filho e, quando estive em Goiânia, convidei o Edson para fazer. Mas, naquele dia que íamos gravar, ele não estava em Goiânia. Mas me disse que, na próxima vez que eu fosse gravar em Goiânia, ele estaria presente. E eu acabei não gravando com o Edson. Mas tudo o que eu estou dizendo aqui, eu dizia para o Edson. Então, estou muito tranquilo em falar. Porque, às vezes, você faz as homenagens e a pessoa vai embora sem saber. Mas não era segredo que ele era minha referência, salientou.

Eu sempre falo que ele e o José Carlos Araújo estão em primeiro lugar. Então, o rádio de Goiás perde o seu maior narrador esportivo. É muito bacana sabermos que, mesmo não tendo mais a presença física do Edson, ele deixa muitos ensinamentos, uma obra rica e vasta. Ele ajudou demais a cativar os torcedores. Ele deixa um nome. Quando você lembra de rádio esportivo, você lembra de Edson Rodrigues. É uma conquista que ninguém apaga. Essa não é a última homenagem. Nós vamos continuar homenageando o Edson para sempre. E eu tenho esse prazer de ter dito tudo isso pra ele em vida”, finalizou Téo José.

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