Na manhã desta quarta-feira (21), enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem realizaram mais uma manifestação em frente ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL), em Goiânia. Apesar do número de manifestantes – que reivindicam o reajuste do piso salarial da categoria -, uma liminar do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) limitou a participação de profissionais de enfermagem na paralisação de 24 horas em no máximo 20%.
De acordo com Néia Vieira, presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), o protesto pede celeridade do Congresso Nacional em definir a fonte de custeio que vai fazer o pagamento dos profissionais. “Hoje a gente tem profissionais que estão sendo explorados nas unidades onde trabalham, sem condições, e a gente precisa garantir que essa população que cuida das pessoas nos Cais e Hospitais, tenham dignidade”, diz a presidente em exercício.
O Tribunal de Justiça de Goiás concedeu uma liminar em favor do sindicato dos donos de hospitais dizendo que somente 20% dos profissionais de enfermagem poderiam paralisar hoje. “A gente tem certeza que se isso não tivesse acontecido, nós teríamos o dobro de pessoas aqui, porque a enfermagem está mobilizada e tem certeza de que depende dela agora, conquistar esse direito no Congresso Nacional”, completa.
O projeto aprovado e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) fixa o piso nacional dos enfermeiros em R$ 4.750. Técnicos de enfermagem devem receber no mínimo 70% disso, ou seja, R$ 3.325. Já auxiliares de enfermagem e parteiras têm de receber pelo menos 50%, o que corresponde a R$ 2.375. Na última semana, ministros do STF decidiram pela suspensão da lei temporariamente.
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