Na tarde desta terça-feira, 26 de janeiro, o Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 de Aparecida de Goiânia analisou a situação epidemiológica da cidade e debateu demandas sociais. Dentre as pautas da reunião estava a proposta levantada pelo governo de Goiás de restrição de venda e consumo de bebidas alcoólicas no estado. Popularmente conhecida como “Lei Seca”, a estratégia foi sugerida como forma de evitar aglomerações de pessoas. Em Aparecida de Goiânia, a sugestão é que a restrição ao comércio e uso do álcool ocorra diariamente, a partir das 22 horas. A proposta segue agora para avaliação do Comitê técnico da Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia.
“A medida foi uma sugestão apresentada aos municípios goianos e o prefeito Gustavo Mendanha provocou o Comitê para deliberar sobre o tema. Como em Aparecida de Goiânia todas as decisões são tomadas de forma coletiva, fundamentadas em critérios científicos, a proposta segue agora ao Comitê Técnico da Secretaria Municipal de Saúde. O grupo irá analisar as adequações necessárias para a cidade”, esclareceu o presidente do Comitê e também secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.
Durante a reunião, representantes da Prefeitura,Câmara Municipal, Ministério Público, Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag), Conselho das Associações de Moradores de Aparecida (Camap), Defensoria Pública, Sebrae, hospitais e outras organizações da sociedade civil que participam do Comitê Municipal de enfrentamento à Covid-19 destacaram a importância da fiscalização, caso a Lei Seca seja aprovada, bem como da conscientização da população.
“A população precisa redobrar os cuidados. A pandemia ainda não acabou”, alegou o presidente da Aciag, Leopoldo Moreira. Já o promotor de justiça Reuder Cavalcante Motta recomendou um reforço na fiscalização, caso a medida seja adotada no município. A recomendação foi reforçada pelo presidente do SindTur-GO, Ricardo Rodrigues. Ele destacou que será necessário maior rigor na fiscalização com aqueles estabelecimentos que estão negligenciando medidas de enfrentamento à doença.
Alessandro Magalhães ponderou que houve um aumento no número de casos de Covid-19 na cidade após as festas de fim de ano e que a população precisa ficar atenta: “No último ano, estruturamos 240 leitos hospitalares exclusivos para tratamento da doença e investimos na testagem em massa e no monitoramento dos doentes. Essas ações aliadas a outras iniciativas nos permitiu que nosso sistema não entrasse em colapso, como ocorreu em outras cidades. Porém, a conscientização da população ainda é a arma mais eficaz contra o Coronavírus. O uso de máscara, a higiene das mãos e o distanciamento social sempre que possível continua sendo nossa principais recomendações. Ter atenção e cuidado com esses hábitos salva vidas e a economia”.
A reunião do Comitê também contou com uma apresentação do histórico de decisões municipais acerca do enfrentamento à pandemia e o presidente abriu ao grupo a possibilidade de revisão das normas e portarias.