Em entrevista concedida à rádio Bandeirantes neste domingo (15), a candidata à prefeitura de Goiânia pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Adriana Accorsi, definiu a eleição de 2020 como “muito diferente”, em virtude da pandemia da Covid-19. Apesar de sentir falta dos abraços, apertos de mão e do contato pessoal característicos do período, a petista disse ter se reinventado e conseguido manter o diálogo com a sociedade, mantendo os protocolos de segurança e distanciamento social que sempre procurou respeitar.
Do ponto de vista político, Accorsi avalia que o quadro de desgaste que o Partido dos Trabalhadores enfrentou especialmente em 2016, também mudou bastante. “Em 2018 já foi diferente. Eu fui a deputada mais bem votada de Goiânia e nesta eleição a gente sente muito carinho, muito reconhecimento da população e também o reconhecimento do que o Partido dos Trabalhadores fez no Brasil e em Goiânia”, afirmou.
Adriana declarou ainda que sua chapa está forte e representativa. Segundo a candidata, a expectativa é que pelo menos cinco vereadores sejam eleitos. “Acredito que faremos uma boa bancada para representar as lutas do povo trabalhador e as nossas bandeiras na Câmara Municipal”, frisou.
Perguntada sobre o fato de a campanha eleitoral ter contado com poucos debates, Adriana Accorsi crê que isso prejudicou o conhecimento da população a respeito dos candidatos e vê estes debates como uma forma de diálogo, de exposição e confronto de propostas, além de uma oportunidade para o questionamento de posicionamentos.
Em relação à situação de Maguito Vilela (MDB), que se recupera da Covid-19 e precisou se afastar dos atos de campanha, a candidata lamentou o ocorrido e adotou uma postura compreensiva, por se tratar de algo que não é culpa do emedebista.
Já com relação a Vanderlan Cardoso (PSD), Accorsi, sem se referir diretamente a ele, subiu o tom e não poupou críticas ao adversário. Ela classificou como antidemocrática a decisão do candidato de se recusar a comparecer aos debates e disse que tal postura é inspirada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que após ter vencido as eleições presidenciais de 2018, mostrou não ter diálogo com a sociedade, segundo a petista.