Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes homologou neste sábado (9) acordo de delação premiada proposto pela defesa do tenente-coronel do Exército Brasileiro (EB) Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Também nesta mesma decisão, o ministro concedeu liberdade provisória a investigado, com imposição de cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa em determinados horários e afastamento das funções no Exército.
Na véspera do feriado de 7 de Setembro, o militar do Exército, junto a seu advogado, foi ao STF comunicar sua incumbência de realizar a delação. Ele foi preso em maio de 2023 sob acusação de envolvimento num suposto esquema de cartões de vacinação envolvendo a família dele e de Jair Bolsonaro.
O militar também é investigado em uma série de operações, entre as quais, a que apura a venda ilegal de joias e outros objetos do acervo da Presidência da República durante a gestão Bolsonaro.
Juristas ouvidos pela Rádio Bandeirantes acreditam que possivelmente o tenente-coronel Cid vai delatar Jair Bolsonaro, já que este seria o então responsável pelas ordens a Cid, ajudante de ordens daquele.
Nas redes sociais, o procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou-se contra esta delação, porque ele entende que este processo é uma prerrogativa do Ministério Público, não, portanto, da Polícia Federal.