No 11º dia de atividades da COP 27, que ocorre no Egito, será apresentado um vídeo do Projeto Águas Cerratenses: semear para brotar, como um exemplo de ação de conservação à biodiversidade brasileira.
Coordenadora do Projeto, Alba Cordeiro participa do debate contando os resultados e impactos do projeto. À Rádio Bandeirantes, nesta terça-feira (15), Alba afirmou que o projeto tem como finalidade recuperar também cerca de 800 hectares de cerrado.
“O projeto é muito importante que a gente vai conseguir alinhar tanto o ambiental como o social. Nossa proposta é refazer a recuperação de 800 hectares de área onde o cerrado foi degradado, onde houve a substituição do cerrado. A gente usa uma técnica que se chama semeadura direta, então diferente de plantios convencionais que a gente costuma fazer plantio de muda, a gente faz a recuperação a partir do uso direto das sementes”, explicou.
A apresentação do projeto no Egito será nesta quarta-feira (16), às 10h45 (horário de Brasília), e às 15h em Sharm El-Sheik, no Egito, com discussões sobre a proteção dos diferentes biomas brasileiros.
Ainda de acordo com Alba Cordeiro, há uma expecativa de melhora no cenário do meio ambiente no Brasil após a mudança de governo.
“Pessoalmente eu começo a respirar mais aliviada, esperançosa, de que a política do próximo governo seja mesmo toda voltada a conversar, frear o desmatamento, conservar o que ainda está preservado e a partir daí reverter realmente, então o discurso muda muito do governo atual para o outro que vem”, pontua.
De acordo com a bióloga o objetivo é “apresentar que ações de restauração ecológica em larga escala são realidade no Cerrado Brasileiro de forma inclusiva e com responsabilidade social”.
Participam do evento no Egito o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou àquele país nesta quinta-feira (14), e também a deputada federal eleita pelo estado de São Paulo Marina Silva, que é cotada para assumir o Ministério do Meio Ambiente, pasta que ela já ficou à frente noutro governo de Lula.