Em entrevista ao Jornal Bandeirantes, a vereadora Priscilla Tejota (PSD) afirmou que tem vontade de disputar o cargo de prefeita de Goiânia, mas que essa é uma ideia que ainda precisa amadurecer. Além disso, ela falou que sente confortável em apoiar novamente o deputado federal Francisco Júnior (PSD) para a prefeitura nas próximas eleições municipais e permanecer no partido, porém, acredita que ainda é cedo para tomar decisões.
“Hoje a minha vida tomou outros rumos e eu nunca neguei o sonho que eu tenho de fazer parte da gestão de Goiânia, porque o Legislativo é muito bom, mas é no Executivo que nós vemos a realização. Eu nunca neguei a vontade que eu tenho, mas acho que meu trabalho está recente tem tempo de esperar eu gosto de gestão”, afirmou a vereadora. Ela ainda contou que gosta da vida pública, mas disse que “disputar uma eleição de prefeito não é fácil, precisa de um conjunto de fatores e não só porque gosta ou porque quer”.
Tejota também ponderou que tem um trabalho “confortável no PSD” e que o partido é agregador e democrático. “A gente fica esperando o posicionamento. Hoje a gente não tem ninguém que se diz candidato abertamente a prefeito de Goiânia, então fica difícil dizer quem a gente apoia ou não, o próprio Francisco Júnior ainda não definiu se ainda é candidato”. A parlamentar ainda completou: “se for o Francisco Júnior eu me sinto confortável em apoiá-lo, não tenho nenhuma dificuldade e a gente fica aguardando as cabeças. Eu sairia do partido só se ficasse em uma posição desconfortável na coligação com outro candidato que não fosse bom para mim partidariamente.
Plano Diretor
Sobre o projeto plano diretor que tramita na Câmara de Vereadores, Priscilla Tejota afirmou que a expectativa é que ocorra muita discussão e que ele não seja votado às pressas. “A expectativa da Câmara é que seja discutido eixo por eixo desse plano de desenvolvimento para termos uma votação consciente amparado em diretrizes técnicas e jurídica”. Ela lembrou que o plano diretor vale por 10 anos e que legislativo e executivo tem responsabilidade sobre todos esses anos.
“Sem audiência, sem discussão com sociedade civil organizada, não tem como votar plano diretor com sucesso. Nós vamos ter um calendário de 50 audiências públicas antes da votação”, contou.
Código Tributário
Sobre o Código Tributário, recolhido pelo Paço Municipal após dar entrada na Casa, a vereadora disse que não acredita que ele volte para apreciação ainda esse ano. “Esse era um projeto extremamente esperado por nós. A gente passou dois anos recebendo setores produtivos, ouvindo a população, quando ele chega o Paço retira pelo número de emendas que estávamos guardando para incluir”, criticou a parlamentar. Ela ainda questionou: “Será que vai retirar o plano diretor quando o discutirmos? Quando verem nossas emendas?”
Tejota explicou que um dos pontos mais polêmicos é sobre a proposta de novo modelo de IPTU que pode mudar de cobrança por zona para valor venal. “A intenção é que as distorções sejam cada vez menores, que o IPTU, que os outros impostos que sejam acessíveis pelo valor de faixa financeira que a pessoa possui. A nova proposta pode não ser boa para quem tem imóveis de alto padrão, porém ela atinge a que é a maioria da população goianiense que vai pagar pelo o que o imóvel vale”.