As informações sobre a força-tarefa para capturar Lázaro Barbosa ficarão sob sigilo por cinco anos, de acordo com reportagem do Correio Braziliense, que solicitou detalhes do caso.
O sigilo foi imposto pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO), que argumenta que retirar o sigilo desses dados pode comprometer as investigações dessa e outras operações da instituição.
“As informações não se restringem somente ao caso encerrado, mas fazem parte de toda a estrutura pertencente à Polícia Civil, usada em outras circunstâncias, e, também, a projetos que ainda nem foram implementados. A divulgação desses dados vulnerabiliza a instituição em sua função investigativa, pondo em risco a segurança e o sucesso de outras apurações”, diz trecho da nota enviada à reportagem.
O pedido da reportagem foi via LAI (Lei de Acesso à Informação), nele foi solicitado os valores gastos com o efetivo policial, quantos quilômetros foram monitorados, quanto foi gasto de combustível de viaturas e helicópteros usados na operação.
Lázaro Barbosa, 32 anos, foi morto em 28 de junho após troca de tiros com policiais da força-tarefa, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO).
O homem conseguiu ficar por 20 dias escondido dos policiais, chegou a balear um deles. Lázaro havia fugido para Cocalzinho de Goiás (GO) após ter matado quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia — de acordo com as investigações. Ele também é acusado de outros crimes na região.
Durante as buscas por Lázaro, o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 73 anos, da região de Cocalzinho de Goiás foi preso e se tornou réu num processo acusado de porte ilegal de arma e de ter ajudado a esconder Lázaro em sua proriedade. Na semana passada, a justiça o concedeu o direito de responder ao processo em liberdade, mas terá que usar tornozeleira eletrônica e não poderá deixar a cidade.
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