A Polícia Militar (PM) abriu inquérito para investigar o policial que disparou contra o goleiro Ramon Souza, do Grêmio Anápolis, com uma bala de borracha na noite desta quarta-feira (10). O fato aconteceu no estádio Jonas Duarte, em Anápolis, após partida da equipe contra o Centro-Oeste.
Segundo a PM, o agente faz parte da Companhia de Policiamento Especializado (CPE). Ramon foi atingido na perna após se envolver em um desentendimento entre os jogadores de ambas as equipes. Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra o momento em que os policiais entraram em campo para conter a confusão e o disparo foi feito.
Em nota, a Polícia Militar comunicou que foi determinada, de imediato, a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) pela Corregedoria para apurar os fatos com o devido rigor. A corporação ressaltou que o disparo efetuado foi feito com munição de elastômero, conhecida como “bala de borracha”, armamento menos letal.
O texto termina dizendo que a PM “reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros”.
Ramon foi atendido pelo Dr. Diego Bento, médico do clube. ainda em campo. O jogador está bem e não corre risco de perder a perna.
Ação “inaceitável”
O Ministério do Esporte julgou a ação como “desproporcional”, “violenta” e “inaceitável”. Em nota, a pasta afirma que é “inadmissível que profissionais do esporte, que dedicam suas vidas à prática e promoção do futebol, sejam expostos a situações de tamanha agressividade”.
O Grêmio Anápolis classificou a ação como “um ato violento, sujo e horrível contra um de nossos jogadores, o que jamais será esquecido”. O clube informa que entrará com medidas cabíveis “para que o responsável seja punido e que a justiça seja feita, para que este ato criminoso, não fique impune”.
A Aparecidense também se solidarizou de forma pública com clube e atleta. Ramon Souza é goleiro da equipe e está emprestado ao Grêmio Anápolis. O clube tratou o episódio como “caso de extrema violência”.
Já a Federação Goiana de Futebol (FGF), por meio de sua assessoria, comunicou que os fatos estão sendo averiguados em detalhes antes de um pronunciamento oficial.
Confira as notas publicadas pela Polícia Militar, Ministério do Esporte, Grêmio Anápolis e Aparecidense:
Polícia Militar
A Polícia Militar informa que, diante do ocorrido no final da partida entre Grêmio Anápolis e Centro-Oeste, foi determinada, de imediato, a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) pela Corregedoria para apurar os fatos com o devido rigor.
Ressaltamos que o disparo efetuado foi feito com munição de elastômero, conhecida como “bala de borracha”, armamento menos letal.
A Polícia Militar de Goiás reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros.
Ministério do Esporte
É com grande consternação que o Ministério do Esporte tomou conhecimento dos lamentáveis acontecimentos ocorridos durante a partida de futebol entre Grêmio Anápolis e Centro Oeste, pela 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. A ação desproporcional e violenta por parte da Polícia Militar, que culminou no disparo de uma bala de borracha contra o goleiro Ramón Souza, é inaceitável e deve ser veementemente repudiada. Este tipo de conduta vai contra os princípios básicos de segurança e integridade física que devem ser garantidos a todos os envolvidos no esporte.
Nos solidarizamos com o jogador, vítima desta ação desmedida, e com toda a equipe do Grêmio Anápolis, que presenciou e sofreu os impactos deste ato de violência. É inadmissível que profissionais do esporte, que dedicam suas vidas à prática e promoção do futebol, sejam expostos a situações de tamanha agressividade. Este episódio reforça a necessidade urgente de uma revisão nos procedimentos, garantindo que a atuação policial seja sempre pautada pelo respeito aos direitos humanos e pela proteção dos indivíduos.
Reiteramos nossa confiança na capacidade das autoridades competentes em conduzir uma investigação rigorosa e transparente, que leve à responsabilização dos envolvidos e à implementação de medidas que impeçam a repetição de tais fatos. É imperativo que se restabeleça a confiança na atuação policial, assegurando que episódios de violência não se tornem uma constante nos campos de futebol.
Por fim, destacamos nosso compromisso com a promoção de um ambiente seguro e justo para todos os profissionais e amantes do esporte. Continuaremos lutando por um futebol onde o respeito, a segurança e a integridade física e moral de todos sejam prioridades absolutas, reafirmando nossa posição contra qualquer forma de violência e abuso.
Grêmio Anápolis
O Grêmio Anápolis vem a público repudiar o lamentável, ridículo e revoltante acontecimento, no Estádio Jonas Duarte, na noite desta quarta-feira (10), pela décima segunda rodada da Divisão de Acesso.
Após o final da partida contra a equipe do Centro Oeste, nosso goleiro Ramon Souza foi atingido de forma covarde por um tiro de bala de borracha, efetuado por um policial da Companhia de Policiamento Especializado (CPE).
Um ato horrível, inacreditável e criminoso de alguém que deveria prezar pela segurança e integridade das pessoas, que ali estavam no Estádio Jonas Duarte.
O dia 10 de julho fica marcado por um ato violento, sujo e horrível contra um de nossos jogadores, o que jamais será esquecido.
O GEA informa que entrará com medidas cabíveis, para que o responsável seja punido e que a justiça seja feita, para que este ato CRIMINOSO, não fique impune.
Nosso goleiro foi atendido em campo pelo médico do GEA, Dr. Diego Bento, que dentro da UTI móvel realizou os primeiros socorros.
APARECIDENSE