A Polícia Federal, em parceria com a Polícia Civil do Distrito Federal, deflagrou nesta terça-feira (27) a operação “Não Seja um Laranja DF e GO”, com o objetivo de desarticular organizações criminosas envolvidas em fraudes bancárias eletrônicas. Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão em cidades do Distrito Federal e de Goiás.
A ação integra a Força-Tarefa Tentáculos, que reúne instituições policiais e o setor financeiro no combate a esse tipo de crime. A iniciativa conta com apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da associação Zetta e da Associação Brasileira de Internet (Abranet), além de instituições financeiras filiadas.
Esta é a primeira operação após a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre a PF e a Polícia Civil do DF, firmado neste ano, que visa fortalecer o compartilhamento de tecnologias para ampliar a eficiência no combate aos crimes cibernéticos.
Fraudes na Caixa Econômica
Paralelamente, a PF também cumpre mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares relacionadas a uma investigação sobre fraudes contra a Caixa Econômica Federal. A apuração começou a partir de uma denúncia interna feita pela própria instituição financeira.
O principal suspeito é um empregado da Caixa, que teria realizado transferências via PIX a partir de contas de clientes sem autorização. De acordo com as investigações, os valores teriam sido ocultados em contas de terceiros — os chamados “laranjas” — e parte do dinheiro foi destinado a sites de apostas.
A 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do DF autorizou as medidas judiciais. Elas incluem quebras de sigilo telemático, bancário e fiscal, além do sequestro de bens no valor de até R$ 11,1 milhões.
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Alerta contra uso de contas por criminosos
As autoridades alertam para o crescimento do envolvimento consciente de pessoas físicas em fraudes bancárias. Isso ocorre especialmente com aqueles que cedem suas contas bancárias em troca de dinheiro. Esses indivíduos, conhecidos como “laranjas”, facilitam transações ilegais e contribuem para o funcionamento de esquemas criminosos.
A PF reforça que emprestar ou ceder conta bancária para fins ilícitos é crime e pode resultar em graves consequências legais. A prática tem causado prejuízos a milhares de brasileiros e alimentado o avanço de organizações criminosas no país.
Entenda as instituições envolvidas
- Zetta é uma associação formada por empresas de tecnologia que atuam no setor financeiro e de pagamentos digitais.
- Abranet (Associação Brasileira de Internet) participa de debates sobre o desenvolvimento da internet no Brasil desde 1996 e atua em defesa de serviços digitais seguros e eficientes.
