Em proposta levada ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), os lojistas da região da 44 afirmaram que pretendem, em um primeiro momento, barrar as excursões de fora do Estado para que as lojas possam ser abertas. A negociação com o gestor foi relatada pelo presidente da Associação Empresarial da Região da 44, Jairo Gomes, em entrevista ao Jornal Bandeirantes nesta quinta-feira (23). Segundo ele, a decisão definitiva do prefeito será comunicada no início da próxima semana.
Para o presidente, apesar das caravanas de compradores representarem de 70% a 75% do público da região, o momento agora é de pelo menos iniciar as vendas para que ocorra uma evolução. “Precisamos abrir, precisamos pegar esse trem que está descarrilhado, colocar no trilho e engatar a primeira marcha”, declarou.
Segundo ele, essa proposta que foi apresentada ao prefeito também já tinha sido relatada ao governador Ronaldo Caiado (DEM). Ela faz parte de um conjunto de medidas que os lojistas apresentaram para que possam reabrir.
Para ajudar no prejuízo da falta de rotatividade das excursões, Jairo explicou que haverá algumas parcerias com os comerciantes, como por exemplo, em relação ao pagamento de aluguel e despesas. “É a maneira que encontramos de começar a andar. Precisamos movimentar mesmo que isso seja com pouca gente nessa primeira fase”, destacou.
A ideia é que depois de algum tempo seja realizada uma escalada para as caravanas entrarem na região de quarta-feira à sábado “sem que isso gere aglomerações”.
“Esse é o início para que a cada dia, cada semana, cada mês nós possamos voltar ao que era antes”, acredita o presidente da Associação.
Reunião
Jairo relatou que a reunião com o prefeito “foi muito positiva” apesar de não ser definido a data de reabertura das lojas da região.
Segundo ele, foi acordado que Iris converse com a comissão de gestão de crise contra a pandemia para traçar as estratégias e possibilidades de uma possível flexibilização para o local. A resposta deverá chegar até o início da próxima semana, segundo o presidente.
Propostas
Entre as propostas apresentadas ao prefeito pelos comerciantes, além da proibição das caravanas, estão uso de máscara para todos os colaboradores; álcool em gel em todos os estabelecimentos e corredores; tapetes higienizadores na porta dos empreendimentos; a restrição de apenas um cliente por loja e uma “lavagem pesada nas ruas e porta dos empreendimentos, com caminhão pipa e produto sanitário em toda as ruas” durante todas as madrugadas.
Decreto
Na última segunda-feira (20), o Paço Municipal havia informado que iria seguir todas as regras que foram posicionadas no último decreto do governo estadual para combate à pandemia do novo coranvírus. O novo texto liberou a abertura de alguns comércios (óticas, salões de beleza e lavanderias), parte do setor industrial (construção civil e mineração) e atividades religiosas.
O decreto também permitiu que os prefeitos possam flexibilizar as regras para abertura de atividades econômicas nos municípios do Estado desde que estejam “fundamentados em nota técnica da autoridade sanitária local, respaldada em avaliação de risco epidemiológico diário das ameaças (fatores como a incidência, mortalidade, letalidade etc.) e vulnerabilidades (fatores como disponibilidade de testes, leitos com respiradores, recursos humanos e equipamentos de proteção individual)”.
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