Goiás já registra mais mortes por dengue neste ano do que em todos os meses de 2023. Até esta quinta-feira (21), o estado contabiliza 64 óbitos com causa confirmada pela doença. O número pode aumentar, pois existem, ainda, 101 em investigação.
Em 2023, foram notificados cerca de 124 mil casos da doença e, somente neste ano, esse número ultrapassa os 140 mil. Os dados são da Secretaria do Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). A cidade de Anápolis lidera a estatística de óbitos, com 12 confirmados e 14 suspeitos.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, faz um apelo para que os moradores do estado contribuam para frear o avanço da doença. “Nós sabemos como prevenir, e sabemos como tratar.[…] Seja no controle do vetor, tirando ao menos dez minutos por semana e verificando o seu quintal para saber se há criadouro, e a população entendendo que havendo sintomas, ela deve procurar uma unidade de saúde”, afirma.
Flúvia ressalta que a doença tem uma evolução rápida e, em média, os óbitos ocorreram em menos de uma semana após os primeiros sintomas. Diante disto, ao surgir os primeiros sinais, é importante procurar uma unidade de saúde e, em hipótese alguma, ficar em casa e se automedicar.
Após consulta e medicação, a pessoa deve se atentar aos sinais de agravamento da dengue, que surgem no momento em que os sintomas anteriores desaparecem aos poucos. É de extrema urgência, de acordo com a superintendente, procurar uma unidade de saúde caso o paciente sinta dor abdominal intensa, vômitos, dificuldade na respiração, diminuição da urina, sangramento da gengiva e nariz e manchas na pele.
Âmbito nacional
Só neste ano, em menos de um trimestre, o Brasil possui cerca de 2 milhões de casos notificados de dengue. No total, 682 mortes pela doença foram registradas no país.
Este é o maior número da série histórica da doença desde que o levantamento é realizado, a partir do ano 2000. Até aqui, 2015 era o ano com mais casos da doença, com pouco mais de 1,68 milhões de casos.
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