Por 48 votos a 2, o ex-policial militar do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro teve seu mandato de vereador pela capital fluminense cassado nesta quinta-feira (18).
Seus pares, no plenário do Legislativo carioca, decidiram por abreviar o mandato de Monteiro por quebra de decoro parlamentar devido a acusações de uma série de crimes como assédio sexual, moral e tentativa de estupro. O, agora, ex-vereador também foi acusado de intimidações, agressões e de cometer outros crimes contra menores de idade.
O Conselho de Ética da Câmara e também a Justiça investigavam o parlamentar. Na Câmara, bastavam 34 votos (ele recebeu 48) para ele ser cassado. Os dois votos favoráveis à permanência de Gabriel Monteiro no Legislativo foram o do próprio Gabriel Monteiro e Chagas Bola (UB).
Em sua defesa, Monteiro sustentou que a encenação com a adolescente no shopping foi consentida pela mãe da jovem, que a gravação com o morador de rua era um experimento social e que ele teria sido agressivo, e que o vereador não sabia que a menina com quem se relacionava era menor de idade.
Em sua fala, o vereador cassado pediu aos demais parlamentares que não cometessem injustiça contra seu mandato.
“Eu não sou condenado a nada, eu sei que tomar uma posição contra minha posição aqui é muito doloroso porque a perseguição que virá sobre os senhores será muito grande. Mas pior é entregar a cabeça de um dos seus pares, mesmo sem uma condenação”, disse.
A despeito de ter tido o mandato cassado, inda assim, Monteiro pode e deve concorrer a deputado federal, em outubro, pois a legislação acaba permitindo essa possibilidade.