Em entrevista ao Jornal Bandeirantes nesta terça-feira, 7, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira (PSB), apontou que deputados federais e senadores erraram ao não votar a PEC da Previdência valendo aos Estados e municípios. Para ele, a Reforma da Previdência é uma questão nacional e devia ser regida pelo mesmo.
“Nós não estamos aqui discutindo apenas ajustes de servidores públicos. A PEC da Previdência é uma questão nacional foi aprovada pelo governo federal. Um erro que foi que aconteceu, e eu sempre tenho batido nessa tecla, que os deputados federais e senadores foram irresponsáveis ao não votar a PEC valendo para os estados e municípios”. Ele completou: “Tivemos que assumir essa responsabilidade de fazer”.
Segundo ele, a Previdência em Goiás tem hoje R$ 230 milhões por mês de déficit. “Não tem como sobreviver com prejuízo”, reiterou.
Questionado sobre os desgastes e críticas dos servidores públicos em relação as pautas que atingem direitos como a Previdência e o novo Estatuto, Lissauer disse que não é apenas a categoria que passa por ajustes e lembrou que até mesmo a lei dos incentivos fiscais também está sendo modificada para melhorar a Receita do Estado.
“Até porque mexesse só com servidor público não resolveria problemas do estado”, declarou.
Relação com governo
Na entrevista o presidente também comentou sobre a relação atual com o governador Ronaldo Caiado (DEM). Ele pontou que a tentativa sempre foi ter “uma relação harmônica”, mas que isso não significaria ceder ou criticar tudo.
Segundo ele, passada as dificuldades dos primeiros meses dessa relação, tudo foi compreendido e “as coisas começaram a se encaixar”.
“Hoje eu posso falar que a Assembleia é autônoma, independente, mas ela é harmônica entre os poderes. Nós não somos mais agachados ao poder executivo, e o poder executivo respeita isso e isso é importante”. Ele ainda completou: “Não vou ficar como presidente da Assembleia a vida inteira radicalizando e indo contra tudo. Eu também não vou ficar também ficar falando amém ao governo”.
Na entrevista também foram pontuados questões como a construção da nova sede da Assembleia Legislativa, pedido de cassação da Enel em Goiás, suspensão da PEC da Previdência e os demais embates judiciais que ainda estão em andamento na Casa.
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