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segunda-feira, 8, setembro 2025

Governo de Goiás participa da soltura de mosquitos Aedes aegypti com bactéria Wolbachia 

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O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), deu início neste domingo (7) a uma estratégia inovadora no combate às arboviroses: a soltura de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão da dengue, zika e chikungunya. 

A primeira etapa ocorre em Valparaíso, Luziânia e Brasília, com apoio das prefeituras e acompanhamento técnico da SES-GO. A ação integra uma parceria com o Ministério da Saúde e conta com a cooperação da Fiocruz e da Wolbito do Brasil, que administra a maior biofábrica de mosquitos com Wolbachia do mundo. 

Como funciona o método 

A bactéria Wolbachia já existe naturalmente em cerca de 60% dos insetos do planeta e não faz mal à saúde humana. Quando presente no Aedes aegypti, ela impede a transmissão dos vírus e é repassada de geração em geração, substituindo gradualmente a população de mosquitos que transmite doenças. 

O núcleo de produção de Brasília fabrica 4,3 milhões de mosquitos por semana para a capital. Além disso, 2,2 milhões serão liberados semanalmente em Valparaíso e Luziânia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o método, que já reduziu em até 70% os casos de dengue em cidades como Niterói (RJ).

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Estrutura em Goiás 

Para viabilizar a estratégia, a SES-GO promoveu capacitações sobre a metodologia, forneceu materiais para instalação das armadilhas (Ovitrampas) e treinou equipes municipais. Também doou dois veículos para auxiliar na logística entre Brasília e os municípios goianos. 

“Em 2024, Goiás enfrentou a pior epidemia de dengue da história, com mais de 323 mil casos confirmados e 451 óbitos. A Wolbachia é uma ferramenta inovadora que deve mostrar resultados a médio e longo prazo, somando-se às ações já realizadas no Estado”, afirmou o secretário de Saúde, Rasível Santos. 

Números da dengue em 2025 

Neste ano, Goiás já registrou 134.338 casos notificados de dengue, sendo 80.759 confirmados e 72 óbitos — outros 61 estão em investigação. Apesar da queda de 67% em comparação ao mesmo período de 2024, a SES-GO alerta que a prevenção segue fundamental. 

A subsecretária de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, reforça que a novidade não substitui os cuidados tradicionais: 

“Mesmo com a Wolbachia, é essencial continuar eliminando criadouros, usando repelentes, telas, roupas de manga comprida e realizando bloqueio de casos. O objetivo é que os mosquitos que permanecerem na natureza não consigam transmitir doenças”, destacou. 

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