Wellington Ribeiro da Silva, considerado o maior estuprador em série de Goiás e um dos maiores do Brasil, foi condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado por um dos crimes cometidos por ele. A audiência por videoconferência foi realizada nesta quinta-feira (24) e contou com a participação da promotora de Justiça Simone Disconsi de Sá Campos, que também é autora da denúncia criminal, e do defensor público Gabriel Vieira Berla.
Wellington foi indiciado por 33 estupros, cuja autoria lhe foi atribuída por meio de exames de DNA realizados pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica. O réu está preso na Penitenciária Odenir Guimarães, de onde se conectou para o julgamento.
De acordo com a denúncia oferecida pela 17ª Promotoria de Justiça de Aparecida de Goiânia, o crime em questão foi cometido por Wellington, ocorreu por volta das 20h do dia 13 de maio de 2016, na Vila Romana, em Aparecida de Goiânia, tendo o acusado se utilizado de uma arma de fogo para dominar a vítima. Welligton Ribeiro da Silva foi preso em setembro de 2019, pela Polícia Civil na Operação Impius.
Histórico
Os crimes cometidos por ele foram investigados por uma força-tarefa da 2ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Aparecida de Goiânia, durante a Operação Impius, que contou com o auxílio da Polícia Ténico-Científica. Wellington é apontado como o autor de 47 estupros ocorridos em Goiás. Exames periciais de DNA já confirmaram ser ele o autor dos crimes sexuais contra 33 vítimas, ocorridos entre os anos de 2008 e 2019.
A investigação foi feita com trabalho de inteligência, coleta de declarações das vítimas e análise do “modus operandi” do autor. Wellington Ribeiro anunciava um assalto, obrigava as vítimas a subirem na moto, e as levava para lugar hermo, onde praticava o crime, valendo-se de grave ameaça (uso de arma de fogo) e sem retirar o capacete, a fim de ocultar sua identidade. Ele tem antecedentes criminais por roubo, estupro e homicídio.
De acordo com a polícia, os primeiros estupros foram registrados em 2008. No ano de 2011, Wellington foi preso depois de uma mulher e a filha dela, recém-nascida, que tinha apenas cinco meses de vida.
Na época, ele foi levado para o Mato Grosso pois respondia por outros crimes como assaltos e assassinatos. Havia uma condenação a 57 anos de prisão pela morte de uma mulher e os dois filhos. Mas em 2013, ele conseguiu fugir da prisão e voltou pra Goiás. O estuprador estrategicamente não tinha conta em banco, não usava redes sociais nem smartphones e ainda roubava identidades de pessoas que se pareciam com ele para usar os documentos e despistar a polícia.
Leia mais: Publicada portaria que libera, com regras, festas e eventos em Aparecida