O Padre Robson de Oliveira veio a público neste sábado (22), por meio de uma rede social, se manifestar pela primeira vez após o Ministério Público deflagar a Operação Vendilhões, na última sexta-feira (21).
Além de se dizer confiante quanto as investigações, Padre Robson anunciou que pediu afastamento da presidência da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), bem como da reitoria da Basílica de Trindade.
“O melhor caminho seria me afastar temporariamente. […] Eu sempre estive e continuo a disposição do Ministério Público”, disse. “Esse meu pedido de afastamento vai me permitir colaborar com as apurações da melhor forma e com total transparência”, afirma.
De acordo com o Padre Robson de Oliveira, toda renda adquirida por meio da doação de fiéis foi mantida na Afipe e usada para evangelização. Robson também diz que seu coração está “sereno e confiante de que tudo será esclarecido”.
Durante a operação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, na sede da Afipe, no setor Aeroviário, em Goiânia, e na residência de investigados. A casa do Padre Robson também foi alvo de pelo menos dois mandados, pelos quais foram aprendidos valores em dinheiro.
Investigação
Na última sexta-feira (21), o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), deflagrou a Operação Vendilhões, que tem como alvo, possíveis irregularidades financeiras ligadas a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
Além disso, veio à tona um pedido de prisão do Padre Robson de Oliveira, reitor da Basílica de Trindade, apontado como o líder de um grupo que já pode ter desviado cerca de R$ 120 milhões, segundo o MP.
A juíza Placidina Pires negou o pedido de prisão em março, argumentando que o Padre é primário, não tem antecedentes criminais, é líder religioso e não atrapalha as investigações em liberdade.