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sábado, 27, abril 2024
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Dinheiro de fiéis também foi usado para compra de imóveis e propriedades rurais, aponta MP

Dentre as possíveis aquisições, estão “fazendas em todo o Brasil, residências em condomínios fechados e apartamentos em Goiânia e São Paulo” segundo aponta o MP.

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De acordo com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), o dinheiro arrecadado de fiéis para entidades ligadas a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), presidida pelo padre Robson de Oliveira, foi usado para compra de imóveis e fazendas em diversas localidades.

Durante coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (21), o promotor Sebastião Marcos Martins relatou que a partir da análise de documentos, o MP deparou-se com uma “grande teia de transações financeiras com valores altíssimos, inúmeras propriedades e transferências que mereciam uma análise mais apurada”, disse.

Dentre as possíveis aquisições, estão “fazendas em todo o Brasil, residências em condomínios fechados e apartamentos em Goiânia e São Paulo” segundo aponta o MP. Além disso, o promotor também relata que a Afipe se tornou “uma grande empresa”. “Ela tem o argumento religioso, mas se converteu em uma grande empresa no estado de Goiás que explora inúmeras atividades, como agropecuária e mineração”, revela.

Há também a suspeita na compra de uma casa na praia, no estado da Bahia, utilizando-se do dinheiro de doações de fiéis destinados à igreja. Sobre esse caso em específico, o promotor apenas relatou que o Ministério Público está investigando.

Valores em conta

O Ministério Público informou que o total das transações financeiras realizadas pela Afipe está em cerca de R$ 1,7 bilhão, porém, esse não é o valor de um eventual desvio. “O valor do desvio que iremos tentar localizar não é o valor total. Temos inúmeras transações suspeitas, e são essas que vamos tentar esclarecer”, afirma Martins.

Até o momento, foram cerca de 60 milhões em bens apreendidos e bloqueados pela justiça, em decorrência da Operação Vendilhões. Na decisão judicial expedida pela juíza Placidina Pires, da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, consta que nos últimos três anos, “integrantes do grupo atual de pessoas e empresas que orbitam em torno das AFIPE’S, receberam pagamentos que superaram o montante de R$120.000.000,00 (cento e vinte milhões de reais).

Em nota, a Arquidiocese disse que “está atenta ao trabalho do Ministério Público, espera que tudo seja apurado o mais breve possível e se coloca à disposição para colaborar com a Justiça”. A operação segue em extremo sigilo.

O caso

Na manhã desta sexta-feira (21), o Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou a Operação Vendilhões. De acordo com o órgão, a investigação visa apurar crimes, em tese, praticados pelos diretores das Associações identificadas como AFIPE (Associação Filhos do Pai Eterno, Associação Filhos do Pai Eterno e Perpétuo Socorro e Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro).

Entre os crimes apurados até o momento, estão os de organização criminosa, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal. Além de mandados cumpridos na sede da Associação, localizada na Avenida 24 de Outubro, no Setor Aeroviário, em Goiânia, também foram cumpridos mandados na casa do Padre Robson de Oliveira, reitor do Santuário da Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade.


Leia mais: Pedido de prisão de Padre Robson foi negado

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