O piloto Felipe Ramos Morais foi absolvido das denúncias de associação para tráfico e lavagem de dinheiro na Operação Laços de Família, realizada em 25 de junho de 2018, pela PF (Polícia Federal). Nesse mesmo ano, mas em fevereiro, Morais era o piloto do helicóptero que levou lideranças da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para uma emboscada no Ceará.
Preso pela Polícia Civil de Goiás, ele fez acordo de delação premiada, que resultou também na Operação Reis do Crime. Nesta operação, foram feitas buscas ao braço direito financeiro do PCC, com bloqueio de R$ 730 milhões em contas bancárias.
Entre as acusações, o Ministério Público Federal (MPF) elencou diversos envolvimentos prévios de Felipe com o tráfico de drogas, incluindo um transporte de grande carregamento de cocaína via helicóptero, que lhe rendeu uma condenação perante a Justiça Federal do Ceará. Além disso, no processo da Operação Laços de Família, foi imputado a ele, ações criminosas para o tráfico e denúncia de lavagem de dinheiro.
A defesa negou as imputações e requereu o perdão judicial pela colaboração premiada. A acusação também apresentou relatórios de movimentação bancária do piloto e sua empresa. Foram quase R$ 3 milhões em cerca de cinco anos, sendo maior parte das operações de crédito vinculadas a pessoas não identificadas.
O piloto foi absolvido nas duas denúncias por falta de provas. Na sentença de 478 páginas, o juiz da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, Bruno Cezar da Cunha Teixeira, condenou 15 pessoas, com penas de três a 61 anos.
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