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sexta-feira, 22, novembro 2024
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Declaração à Nação: em tom conciliador, presidente diz que agiu no calor do momento

Presidente disse que todas as pessoas que ocupam cargos públicos devem respeitar as leis

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Após conflitos ideológicos e manifestações entre apoiadores e críticos de Jair Bolsonaro, o presidente publicou carta aos brasileiros afirmando que não teve a intenção de colocar em risco as instituições do país.

Em “Declaração à Nação”, o presidente disse que suas palavras foram no calor do momento e que não tinha intuito de atacar ninguém.

“Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, diz trecho da carta.

Na manifestação do feriado de 7 de setembro, Jair Bolsonaro disse que não iria mais obedecer às decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O ministro é o relator do inquérito que investiga atos considerados antidemocráticos supostamente cometidos por apoiadores do presidente.

Ainda de acordo com o presidente, as pessoas que estão na vida pública devem respeitar a Constituição.

“Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia”, diz.

Mais cedo, o presidente já havia pedido que os caminhoneiros recuassem da greve que tomava conta do país e pediu que eles liberassem os trechos bloqueados nas rodovias em vários estados brasileiros.

Leia na íntegra a carta do presidente:

Declaração à Nação

No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como Presidente da República, vir a público para dizer:

1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.

2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.

3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.

4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.

5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes.

6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal.

7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.

8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.

9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles.

10. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil.

DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA


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