Com o intuito de chamar a atenção das pessoas, para o risco do fechamento em definitivo, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia fará uma paralisação nesta terça-feira (19).
Em entrevista à Bandeirantes, nessa terça-feira (19), a superintendente Irani Ribeiro, disse que a maior parte dos atendimentos da Santa Casa é destinada a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Em 2021, fechamos o ano com mais de 40 mil atendimentos, consultas, cirurgias, atendimentos laboratoriais. Desses atendimentos, 96% dessa produção é SUS”, disse.
Ao assumir o comando da unidade, a superintendente explicou que mesmo reduzindo à metade o valor da dívida, ainda assim há um valor expressivo.
“Nós entramos há quatro anos, com a Santa Casa praticamente fechada e com uma dívida de R$ 110 milhões. Trabalhamos muito, montamos uma equipe, colocamos experiência e colocamos dedicação, amor ao próximo e muita honestidade e nossa dívida está hoje em torno de R$ 56 milhões”, pontuou.
Ainda de acordo com Irani Ribeiro, os repasses do poder público são insuficientes para manter o funcionamento da unidade. Segundo ela, SUS apenas R$ 10 para custear consultas médicas, o que não cobre os gastos de assistência prestada aos pacientes.
Outro ponto que aumenta a crise é que o preço dos medicamentos também colaborou com a crise da Santa Casa. Segundo a superintendente, medicamentos antes adquiridos por R$ 1,90, hoje são comercializados a R$ 245.
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